A montanha laranja - traduzida na comissão política (unitária, ao melhor estilo do comité central do PCP, que inspirou Jardim e as "células comunistas" oleadas pelo defunto Machadinho) - pariu um rato medroso, que se recusa a abandonar o navio, mesmo "agarrado" a alguns (já não são todos, os) oligarcas.
Tal como já foi escrito por alguém no Correio da Madeira há pouco tempo - e hoje expressamente confirmado por Manuel António - também no seio do Partido ora "refém" de um arguido em processo de corrupção, é reconhecido que o problema é... Albuquerque.
Manuel António (sem força própria para agir sozinho e contrariado por sair da sua "reforma dourada") representará uma facção dos oligarcas (saudosistas de Jardim) na lógica do "mal menor", os quais, jogando no tabuleiro do poder, a médio e a longo prazo, começam a concorrer entre si, de modo a ver quem fica melhor posicionado no período pós-eleitoral.
O oligarca dos Portos (e agora das Energias, "surprise, surprise") tentou jogar pelos dois lados (do bloco central de interesses), colocando um funcionário seu na liderança do PS (caso este ganhasse as eleições), que chegou a financiar, segundo o que veio ao conhecimento de muita boa gente. Mas o "tiro saiu pela culatra", pois quem está habituado a seguir ordens raramente dará bom líder. Como prémio pelos "bons serviços" prestados, deram-lhe um tacho em Estrasburgo.
A já esperada "aparição" de Manuel António (qual "virgem" que parece que nada teve a ver com os excessos, compadrios e esquemas da governação de Jardim, como se pudessem reescrever a história; a juntar às suspeitas de emissão de licenças pesqueiras para barcos japoneses) faz adicionar ao cenário político regional mais uma via alternativa, isto para quem deseje evitar mais um acto eleitoral. Afinal, não pretendemos cansar o senhor bispo... não é verdade?
Nos próximos arraiais sugere-se que recuperem a música: "Vamos Embora Manel!"
Convém, antes, lembrar que todos os partidos na campanha eleitoral garantiram ao eleitorado que não apoiariam um governo liderado por um arguido. Quem perdeu de imediato o "benefício da dúvida" foi o CDS, refém dos interesses pessoais do "celestial sonso" José Manuel Rodrigues.
Nuno Morna decerto tem como "sonho" chegar a Secretário Regional da Cultura, fruto da educação da sua Mãe, Maria Aurora Homem de Melo, e dos tempos de "pândega" no Café do Teatro Municipal. Talvez seja a "moeda de troca" para apoiar Albuquerque, desde que garanta que o seu putativo substituto no parlamento regional (o segundo da lista apresentada pelos "queques liberais", versão minoritária dos "Renovadinhos" que com estes não gosta de se misturar e que tem um "camelo" ao serviço do Grupo Sousa) não roa a corda.
A Mónica do PAN passou pelos "pingos da chuva" e muito tem que agradecer (e lembrar-se de ser grata) à Procuradora-Geral da República, que lhe deu um motivo (para emendar a mão) e uma escapatória (para continuar a enganar os seus eleitores), ao dizer que não apoiava um governo liderado por quem tem de prestar contas à Justiça criminal e se escuda na sua posição de Conselheiro de Estado, por inerência às suas funções de presidente de governo regional para daquela fugir.
A não ser que, desta vez, seja prometido à menina o pelouro da Secretaria Regional do Ambiente (desde que continue a autorizar aqueles atentados ambientais, como a Estrada das Ginjas e o Teleférico do Curral...)... Nada é de estranhar quando alguém faz tudo para ficar no lugar, no caso na Quinta Vigia, ou ter um lugar melhor do que simples (e anónima) assistente social. Afinal, o exemplo da Rubina, que das prisões passou por muitos lugares, mas sempre "Leal" ao Funchal, parece ser inspirador para algumas colegas. "Do cabaret para o convento" - e "vício" versa - é um filme que se recomenda.
Compreende-se que (na lógica do "elo mais fraco", por onde a corda rebenta) estes 2 partidos compareçam ao "convite" (não terá sido mesmo uma convocatória? pelo menos foi o que pareceu ouvir no noticiário regional da Antena 1...) de Albuquerque - em vez de negociarem em sede própria e com transparência (o parlamento regional). Assim sendo, o sinal que dão aos eleitores é o de desrespeito pelas instituições e de preferência pelas negociatas de bastidores.
O posicionamento do CHEGA/Madeira (que até poderá ir a eleições internas, por falta de quórum num dos seus órgãos, segundo o que me foi confidenciado neste dia) é, obviamente, a chave duma solução que evite nova ida às eleições.
Indo ou não à reunião (não se sabe qual a posição adoptada enquanto são escritas estas linhas) e depois da "reprimenda" de André Ventura que fez Miguel Castro dar o "dito pelo não dito", obrigando o PSD recuar na apresentação do programa de Governo, há 4 hipóteses em presença:
- Contrariar o chefe nacional e viabilizar um programa de governo com Albuquerque na presidência (situação que pagará caro mais tarde e vai ao arrepio do que Ventura apregoa, no que toca ao combate à corrupção), confirmando assim que a Madeira é um "Off-Shore de Corrupção".
- Negociar um apoio parlamentar ao PSD que envolva a substituição do líder do governo (situação para a qual alguns oligarcas terão mandado Manuel António posicionar-se), na linha do "mal menor".
- Apesar de não haver entendimento directo com socialistas, seria talvez possível o Chega salvar a face e apoiar, no parlamento, um governo não expressamente socialista, como o do JPP, o qual seria, assim, o "ponto de equilíbrio" entre Cafôfo e Miguel Castro. Possibilidade extensiva ao PS/M de Cafôfo, isto caso demonstre ao eleitorado que não existem ocultas "influências oligarcas" a dominar os seus destinos internos. Este seria o maior contributo tri-partido (melhor que a "treta do tetra") para a Madeira, assim começando o trabalho de erradicação deste "cancro laranja", e seus derivados, dos destinos (da oligarquia) da Região pelo menos nos próximos 4 anos. Quanto à composição do Governo, decerto o novo "Asterix de Gaula" teria de mostrar habilidade e sensibilidade para chamar pessoas credíveis, independentes, íntegras, de forte personalidade e que não precisam do dinheiro dos contribuintes para nada, de modo a, citando Abrunhosa mas noutro sentido, "fazer o que ainda não foi feito". Um "pacto de esperança" com a sociedade civil.
- Não perderem mais tempo e fazer o bispo voltar a ficar cansado (será excesso de sopas de cavalo cansado?), partindo-se para eleições. O ano já está meio perdido e o que começa a fazer sentido é aprovar-se um orçamento para.. 2025.
Neste caso espera-se que o Povo não se esqueça de quem esteve a seu lado e de quem virou a casaca e preferiu... a suposta corrupção.
Os olhos estão, na sua maioria, virados para o Chega/Madeira. Esperamos que, tal como aquele deputado que traiu o PAN para tornar-se provedor dos animais, Miguel Castro não seja nomeado por Albuquerque para o gabinete, já agora o do "combate" à... corrupção.
Seria o cúmulo neste "Fungagá da Bicharada" (lembrando-me de genérico musical de um programa infantil da RTP na década de 70, salvo erro de José Carlos Moniz e de Maria do Amparo):
Refrão
Para finalizar, no seu blog "Renovadinhos", Jardim, vá lá, admite que é possível governar por duodécimos mas isso impede de aumentar as despesas... Ora, depois de tudo o que fez em termos de sobre-endividamento da Madeira, outra posição da parte deste fulano seria de estranhar.
Não haver orçamento e, como tal viver em duodécimos, não impede os organismos públicos de angariarem receitas; a limitação é apenas no que toca às despesas. Azar para quem é "rendeiro dos contribuintes" e deseja que estas aumentem... Já não era sem tempo.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 23 de junho de 2024
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