C onsiderando os resultados do PSD Madeira nestas últimas eleições regionais, tentámos encontrar uma possível explicação para essa "base eleitoral", mesmo sabendo que a cada eleição o número vai reduzindo.
Assim, fizemos um pequeno exercício de pesquisa e de extrapolação, considerando os números oficiais de funcionários públicos regionais (da chamada administração pública regional), dos municipais das Autarquias controladas pelo PSD e do Instituto de Segurança Social da Madeira (dos outros Institutos não foi possível encontrar números disponíveis).
Os resultados constam do quadro que juntamos em anexo.
Ora, se duplicarmos esse número (funcionários por agregado familiar de 2 pessoas votantes), teremos apenas uma diferença de 39 votos.
Isto vale o que vale: pode dizer-se, correctamente, que nem todos os funcionários autárquicos votam PSD, ao que se contrapõem que não considerámos os Municípios não controlados por este Partido (Santa Cruz, Ponta do Sol, Porto Moniz, etc) e onde há funcionários de cor laranja. Faltou ainda considerar os polícias, funcionários judiciais, das conservatórias, dos outros institutos públicos, até os da gestão da banana... ou ainda dos funcionários dos "patos bravos" da construção civil. Certamente que 39 cobrem a diferença do gráfico...
É, como acima referido, apenas um exercício que pode "abrir a cabeça" de muita gente para começar a pensar... no futuro.
Se 19 pessoas, em cada 100, elegem os que (des)mandam nos destinos da Região; se este "eleitorado clientelar" não muda facilmente, nem que seja para não perder benefícios e regalias; e sabendo que não é com as actuais ideologias (elas próprias, da esquerda à direita, "produtos" deste sistema liberal-sionista caduco) que haverá a desejada mudança; seria de começar a equacionar-se uma Frente (não ideológica) Madeirense pelo Bem Comum, identificando-se em cada freguesia Homens e Mulheres que coloquem os interesses de todos acima dos interesses pessoais para que, mais tarde, os concelhos e, depois, a própria Região sejam abrangidos.
O Juntos Pelo Povo, que, com a precoce associação aos socialistas, em condição de subalternidade, desiludiu muito do seu eleitorado (veremos o grau de desilusão nas próximas eleições...), teria sido um projecto interessante, caso houvesse uma visão que não se circunscrevesse ao concelho de Santa Cruz nem a tácticas de bastidores em busca de lugares na governação regional.
Teria sido mais assertivo tomar a iniciativa e congregar todos os partidos da Oposição em seu redor, que teriam assim o ónus de optar entre um presidente arguido ou um presidente de governo regional não-arguido. Que fique a lição e que se aprenda com os erros.
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.