A restauração não aprendeu nada com o COVID-19


N a altura do COVID-19, quando não havia turistas a pulular na ilha, os estabelecimentos de restauração que desprezaram a clientela madeirense sofreram e muito. Os que preferiam servir os turistas aos madeirenses, e que estipularam os preços dos seus produtos/serviços em conformidade para selecionar a clientela (inacessíveis aos madeirenses) sofreram na pele durante este período. Para estes, durante o COVID-19, não houve nem turistas nem madeirenses. Perderam, de um dia para o outro, todos os clientes. E sem clientes não há faturação. Já as contas, por outro lado, continuaram a aparecer com a mesma regularidade de sempre, daí o sofrimento.

Seria de pensar que por esta altura os estabelecimentos de restauração já teriam aprendido a lição de não desprezar os madeirenses quando o turismo está em alta, mas parece que não. A cada dia que passa observo cada vez mais aumentos de preços que a inflação, por si, não justifica. Estes aumentos são sobretudo para ir ao encontro da capacidade financeira do turista (que regra geral consegue pagar mais do que o madeirense) e com isso faturar mais. Isto é feito com completo desprezo pelo cliente madeirense, que não se importam de perder.

Oxalá o futuro não prove, uma vez mais, que pela ganância paga-se caro e que a clientela madeirense não é, afinal, descartável.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 21 de Agosto de 2024
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