"Voltemos atrás. É sempre necessário voltar atrás
e regressar aos fundamentos".
A nomeação de um comandante operacional sem experiência direta na gestão de incêndios e operações de bombeiros para coordenar e comandar respostas a situações críticas como os incêndio nas serras da Madeira é, no mínimo, preocupante.
Incêndios rurais exigem um conhecimento profundo das dinâmicas operacionais no terreno, desde o comandamento das equipas de combate até à leitura estratégica dos comportamentos do fogo, considerando fatores como a orografia, as condições meteorológicas e a natureza do combustível.
As declarações recentes de Marco Lobato, onde afirma que "não se justifica colocar 200 elementos a combater um incêndio quando nem conseguem chegar perto dele", revelam uma estratégia questionável, que parece indicar uma atitude de "deixar arder" em áreas de difícil acesso. Embora haja alguma verdade na necessidade de priorizar a segurança dos operacionais, a mensagem subjacente sugere uma falta de alternativas proativas para gerir a situação.
O combate a incêndios rurais não é apenas sobre a quantidade de meios disponíveis, mas sobre a sua correta mobilização, o uso de técnicas apropriadas e a antecipação eficiente das eventuais situações que poderão decorrer no terreno.
A experiência em socorro e no comando de operações complexas de bombeiros seria crucial para garantir uma resposta equilibrada entre proteger o território e minimizar riscos para as populações.
A nomeação de um polícia com um currículo extenso em segurança interna e missões internacionais, mas sem qualquer experiência em comando de operações de bombeiros, reflete uma decisão política que considerou as exigências técnicas e operacionais necessárias para enfrentar situações como esta, aliás, como há legislação nacional que o prova! Em vez de garantir uma resposta rápida e eficaz, parece que o enfoque tem sido na gestão dos recursos disponíveis...e continuamos nisto...na Madeira vale tudo!
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 16 de Agosto de 2024
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