Meio aéreo

Correio da Madeira agosto 23, 2024

E ra uma vez, na ilha da Madeira, um lugar onde o sol brilha, as montanhas se erguem e, ocasionalmente, os incêndios resolvem fazer um espetáculo pirotécnico não solicitado. Mas, em julho de 2012, o fogo tomou o palco de forma dramática, e a população do Funchal viu-se cercada pelas chamas.

Naquele tempo, o lendário Alberto João Jardim, o mestre da política madeirense, declarou alto e bom som: "Aviões? Para quê? Não precisamos de um meio aéreo por aqui, isso não vai servir para nada!" Como um maestro dirigindo a orquestra, ele tinha sua teoria e, claro, Manuel António não perdeu tempo em acenar com a cabeça em concordância, dizendo aos jornalistas: "Sim, senhor! Concordo plenamente."

Mas, como em toda boa história, há sempre um personagem que desafia o status quo. E quem seria? Ninguém menos que Miguel Albuquerque, na altura presidente da Câmara Municipal do Funchal. Enquanto todos diziam que o céu estava fora de questão, ele levantou a mão e sugeriu: "E se, só por acaso, realizássemos um estudo para ver se um meio aéreo não seria útil?"

Em meio ao caos, enquanto os bombeiros lutavam e os moradores eram convencidos a deixar suas casas, Albuquerque, qual herói silencioso, fazia o seu trabalho de casa. Literalmente. Casa a casa. Mas não ficou por aí. Em 2015, quando chegou ao governo, ele mandou realizar o tão falado estudo. E adivinhem só? O meio aéreo apareceu, como um super-herói dos céus, pronto para apagar os incêndios com estilo.

Primeiro, em 2018, o herói voador só aparecia no verão, talvez gostasse de umas férias prolongadas no inverno. Mas, em 2019, decidiu que a Madeira precisava dele o ano todo. E quem trouxe essa maravilha? Miguel Albuquerque, claro! Mesmo quando a República fez birra e não quis pagar a conta do super-herói voador, ele insistiu: "Não faz mal, ele fica."

Portanto, meus caros distraídos, não digam que não avisei! Se um dia virem um avião a apagar incêndios na Madeira, lembrem-se da saga que foi trazê-lo para cá. Não foi fácil, mas foi épico!

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 23 de Agosto de 2024
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