É ver Rui Marques - o deputado do PSD cuja imunidade já foi levantada várias vezes para responder em processos crime a ações que cometeu na Câmara da Ponta do Sol - fazer de tudo para voltar a ser presidente daquele município. O grande desejo é voltar ao antigamente, com as mesmas “políticas”, o mesmo modus operandi, as mesmas ações. De outra forma não se pode explicar a incontrolável vontade de voltar.
Como um bom oportunista político, que aparece nas desgraças, como diz Miguel Albuquerque, Rui Marques não tardou a meter fotografias e publicações no Facebook. O objetivo? Capitalizar com a desgraça. Não tem cargo no concelho, não tem cargo na proteção civil. Mas diz que está a acompanhar a situação de perto, dá recomendações, faz apelos genéricos e sem conteúdo. Faz política. Da baixinha. O político da fotografia. Das palavras que todos querem ouvir (ou ler no caso).
Ser político de Facebook é fácil. Ainda mais fácil quando se está longe do fogo e se capitaliza mais do que os agentes da proteção civil, bombeiros e vereadores da Câmara Municipal, esses sim a trabalhar para combater os incêndios. Se estivéssemos no Reino Unido ainda poderíamos dizer que Rui Marques era o Presidente Sombra da Ponta do Sol. Mas como estamos em Portugal à sombra só mesmo do lugar onde escreve sentado para o Facebook.
Se as preocupações com as pessoas fossem mesmo verdadeiras, não teria trabalhado para prejudicar o Município e favorecer os amigos, como acusa o Ministério Público no processo crime 1366/20.1T9FNC. Perdoar a renda do bar municipal da praia ao amigo e Presidente de Junta de Freguesia Juvenal Silva do mesmo partido não é colocar os interesses da Ponta do Sol em primeiro lugar. É servir-se dela.
O Chega que prometeu perante uma acusação formal do Ministério Público exigir a saída do eleito Miguel Albuquerque perante um caso semelhante de um eleito não vai fazer igual? Vai ser conivente com um deputado acusado formalmente pelo Ministério Público de corrupção? O PAN que retirou a confiança política de Miguel Albuquerque vai fechar também os olhos a esta acuação grave do Ministério Público?
E o mega processo crime 177/20.9T9FNC de licenciamentos de obras particulares contra pareceres técnicos. Qual foi o objetivo de “ajudar” tanta gente contra a lei? É para isto que se quer voltar? Para “ajudar” uma nomeadamente o seu gabinete na Câmara, e afilhada de casamento, também do PSD, a fazer casa no Lugar de Baixo? É para isto que vale tudo? Até tirar dividendos de um incêndio?
E os fogos não se ficam por aqui. As obras públicas sabemos como foi. Mas a procissão ainda vai no adro. Chega de oportunismo politico, de jogadas. Estamos todos nauseados disto. É tempo de olhar para as pessoas e trabalhar verdadeiramente para elas.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda, 19 de Agosto de 2024
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