S ou Guia Turístico, numa semana por vezes dou duas voltas à ilha, nas diversas excursões ou caminhadas pela mesma, e vejo in loco as diferenças de dia para dia, cascatas que outrora tinham água o ano inteiro e que agora nem um fio, construções desenfreadas e sem respeito pelo relevo e arquitetura, cada vez mais terrenos agrícolas abandonados, etc.
Escrevi no CM, tem uns 3 anos, sobre a necessidade de criar uma carreira Funchal – Areeiro, como sempre este Governo nomeadamente o Turismo, IFCN (as chefias) trabalha sobre os problemas e não na antecipação dos mesmos, muitas empresas criaram o seu negocio em transferes para o Arieiro, que agora terão de se adaptar, não se pode agradar a todos, mas podia-se ter evitado. Questiono o preço do mesmo (3€), questiono fazer mais um estacionamento naquela zona (250 lugares), visto ter este serviço, qual a ideia afinal? Nem os próprios sabem, este governo nunca sabe dar um ponto se não for com betão, questiono a medida de 20 em 20 minutos(mn) entrar uma “carrada de gente” fazer o percurso Areeiro Ruivo, já estou a ver a romaria de carros e carrinhas/autocarros por lá cima para serem os primeiros, mesmo que no Poiso exista tal sinalização de Parque cheio, continuarão a subir carros, sem presença física de PSP Policia Florestal ou IFCN, nada disto resultará. E depois o que seguirá? Destruição/construção de estacionamentos pagos no Ribeiro Frio? Ginjas, Fanal, Paul da Serra, Chão da Ribeira, mais “Eco Resorts” Laurissilva, mais Campos de Golfe, Teleféricos, mais rent-a-car, mais AL, mais estradas mais tuneis, isto é uma ilha não um continente. Tudo tem de ter um limite e um equilíbrio, sem que se interfira com o dia-a-dia dos locais.
Tenho lido alguns Textos com algumas ideias e soluções, e até para aqueles que defendem mais, mais e mais. A questão de fundo é simples, qual o limite diário de pessoas ao mesmo tempo na ilha? Imaginem aquela semana entre o Natal e Fim de Ano na ilha, há volta de 350/400 mil pessoas ao mesmo tempo, mas durante o ano inteiro ... é isto o futuro de uma Ilha, outrora Pérola.
Temos saneamento básico? Não. Temos água suficiente? A continuar neste rimo... não, produtos agrícolas dependemos quase exclusivamente do exterior, quase já não temos produtos típicos de raiz, mas ganância temos de fartura.
São décadas de lavagem cerebral, “precisamos de investimento estrangeiro”, “antigamente demorava-se 3h para chegar ao Funchal, agora são 30mn, mas com mais um túnel será 10mn”. Não quero ser insensível mas quando “Hoje” vejo textos com – “eu votei neste PSD e nunca mais” Não tenho pena nenhuma...
Infelizmente o “povo” só acordará quando não tiver água para se lavar.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 16 de Agosto de 2024
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