Retrospectiva de Incêndios


S e esquecermos a nossa história, ela volta a repetir-se. Aqui vai um texto reflexivo e retrospectivo sobre a Ilha da Madeira, conhecida pela sua exuberante vegetação e paisagens montanhosas, com uma história marcada por diversos incêndios florestais que, ao longo dos anos, causaram grande destruição ambiental, económica e social. 

Antes de tudo uma nota: quando não se tem a certeza, não se deve acusar ninguém sem provas concretas Sr. Miguel Albuquerque.

1. Década de 1970

Os incêndios começaram a tornar-se mais frequentes na Madeira a partir da década de 1970. O crescimento da população, associado ao aumento da ocupação de áreas florestais e práticas agrícolas, contribuíram para o aumento do risco de incêndios.

2. 1984 - Incêndio de São Roque

Em 1984, um dos incêndios mais devastadores atingiu a freguesia de São Roque, nos arredores do Funchal. Este incêndio destacou-se pela sua intensidade e pelos danos significativos causados à vegetação.

3. 2010 - O Grande Incêndio de Agosto

Em agosto de 2010, a ilha enfrentou um dos maiores incêndios da sua história recente. As chamas devastaram grandes áreas de floresta, sobretudo nas zonas altas do Funchal e em concelhos como Santa Cruz e Câmara de Lobos. Este incêndio destacou-se pela rapidez com que se alastrou, causado por uma combinação de temperaturas elevadas, ventos fortes e vegetação seca.

4. 2012 - Incêndios no Funchal

Em julho de 2012, novos incêndios atingiram a Madeira, com especial incidência na cidade do Funchal. Milhares de hectares de floresta foram destruídos, e várias casas e infraestruturas também foram danificadas. Este evento levou à evacuação de várias áreas e à mobilização de recursos significativos para o combate às chamas.

5. 2016 - Incêndios Catastróficos

O verão de 2016 foi marcado por incêndios particularmente devastadores. Entre 8 e 13 de agosto, vários fogos deflagraram na ilha, afetando gravemente o Funchal, Calheta e Ponta do Sol. Estes incêndios causaram a morte de três pessoas, destruição de cerca de 150 casas e a evacuação de mais de mil residentes e turistas. O fogo destruiu áreas importantes de floresta e causou prejuízos milionários. Lembro que morreram duas mulheres invisuais que não se aperceberam do fogo e não conseguiram fugir.

6. Incêndios Recorrentes em Anos Recentes

Nos anos subsequentes, a Madeira continuou a sofrer com incêndios florestais, embora de menor escala em comparação com os eventos de 2016. A vegetação densa, o clima quente e seco, e a topografia montanhosa continuam a tornar a ilha vulnerável a este tipo de desastre.

Os principais fatores que contribuem para os incêndios na Madeira incluem o abandono das terras agrícolas, a acumulação de biomassa (vegetação seca), o clima quente e seco, e a topografia acidentada, que facilita a propagação do fogo. As mudanças climáticas também têm exacerbado a frequência e a intensidade dos incêndios. 

"Os três 30" é uma expressão usada em meteorologia e no combate a incêndios florestais para descrever as condições críticas que aumentam significativamente o risco de ocorrência e propagação de incêndios. Os três fatores são:

1. Temperatura acima de 30°C: Quando a temperatura do ar está acima de 30 graus Celsius, a vegetação tende a secar mais rapidamente, tornando-se mais inflamável.

2. Humidade relativa abaixo de 30%: A baixa humidade do ar significa que a quantidade de vapor de água presente na atmosfera é reduzida, o que também contribui para que a vegetação seque e, portanto, se torne mais suscetível ao fogo.

3. Velocidade do vento acima de 30 km/h: Ventos fortes facilitam a propagação rápida das chamas e podem levar brasas a grandes distâncias, iniciando novos focos de incêndio.

Quando essas três condições ocorrem simultaneamente, o risco de incêndio é extremamente elevado, exigindo uma vigilância redobrada e prontidão para combate a possíveis incêndios.

Medidas tomadas?

Alguém fez uma avaliação a tudo isto sr. Presidente?

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda, 19 de Agosto de 2024
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