I mpressiona assistir ao tempo e condições de espera para que a empresa para a gestão da banana na Madeira (GesBa) cumpra com os seus estatutos: recolher e processar a banana. Vai ser necessário voltar às reuniões na Madalena do Mar para informar e mobilizar.
A GesBa tem dois armazéns encerrados. Basta reabrir o da Madalena do Mar (é só lá colocar trabalhadores) para que o processamento quase normalize. Mas, a Exma. Sra. Secretária não quer …
Qual a consequência disto? Destruição brutal na geração valor.
Ao processar banana demasiado grada, a GesBa compromete de modo definitivo a qualidade que ela deve ter para ser comercializada: a casca racha (Imagem 1), fica melada após amarelar, é menos doce, amadurece rapidamente comprometendo o tempo necessário para ser exposta e vendida com qualidade. Como se não bastasse, passa horas e horas na carroçaria dos carros estacionados na área da GesBa e arredores, muitas vezes ao sol, com cobertura de cor escura, cozendo sob o efeito da elevada temperatura.
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Imagem 1 |
A situação torna-se ainda mais dramática quando, depois de toda a manipulação a que é sujeita no armazém até ser encaixotada e enviada em contentor para o continente, aí, é de novo manipulada antes de ser colocada à venda. A consequência é visível nas imagens 2 e 3. Em estado verde é banana dólar (1,25 €/Kg), que vem da américa central e sul, a madura é a nossa (2,95 €/Kg). As imagens foram obtidas num supermercado na margem sul do Tejo. Observei a reação das pessoas que paravam para comprar banana. Ninguém comprou banana da Madeira; o pessoal mais jovem pegava logo na banana dólar e andava; os mais idosos olhavam repetidamente para a nossa banana, chegavam a pegar, mas acabavam levando a dólar ou nenhuma.
Imagine-se o impacto económico para a GesBa: paga ao produtor, os custos de embalamento (cá e lá), transportes, portos, etc. e, depois, uma parcela substancial da banana vai para o lixo. Isto não é concorrência, é destruição de valor.
A GesBa teve, em 2023, resultado líquido negativo de um milhão duzentos e oitenta e um mil euros -
Link - pág. 16/25; tem uma dívida substancial (pág. 17/25) e, em Maio de 2024, procedeu a um aumento de 0,29 €/Kg para a banana extra, o que colocou maior pressão sobre a gestão para poder corresponder sem aumentar o défice. Com o atual nível de perdas, por se estar a colher/exportar banana demasiado grada, interrogo-me:
até quando será a GesBa capaz de cumprir os pagamentos aos produtores e trabalhadores? |
Imagem 2 |
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Imagem 3 |
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 15 de Setembro de 2024
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