Bom dia leitores e plataforma.
L i este texto do "JPP à beira da rocha" e acabo de ler comentários no Facebook, a lição que se tira é que nem todos estão aptos a perceber o que se passa, porque não têm a informação completa e reagem como se a mensagem não fizesse sentido. Eu percebi a mensagem, porque sou dos que sente o que está lá escrito. Com 34 anos vou mudar de vida, vou sair da Madeira. Aqui não há lugar para madeirenses, os donos disto tudo que já embruteceram os madeirenses, agora estão a exonerar através do grande diferencial entre o rendimento do trabalhador que eles querem pagar e o custo de vida.
O JPP é um valente partido, sem dúvida, e eu votei nele, mas agora vou embora e não vou pagar passagem para votar na Madeira. A Madeira não me respeitou e não me quer na prática, será um país estrangeiro que me vai acolher e me permitir fazer vida. E eu com a idade que tenho já vou tarde. Assisto na Madeira uma batalha do "eu" e o egoísmo, da falta de respeito pelas regras e do sucesso fácil por quem tem poder. Onde os senhores e senhoras de sucesso através do que é público ficam com tudo.
O maior inimigo do madeirense é o próprio madeirense, aqueles que acham que deixaram de ser pata-rapadas e que montaram um esquema para nunca perder poder, até mesmo perdendo em eleições. Se algum dia outro partido ganhar e materializar uma alternância, todos estes cães de fila tornarão a Madeira num inferno, denegrindo tudo e todos, usando até as mais ínfimas coisas que se tornaram gigantes para abafar um passado de 49 anos de tropelias. Vemos isso em pequenos momentos ou na forma como atacam caso a caso. Deixamos o tal monstro crescer muito e até mesmo gente lúcida do partido do poder se sente impotente.
A situação é um caso da Madeira e dos madeirenses e não uma parte deles, do partido A ou B. Se cada um estiver entretido na sua capelinha, nunca criarão massa crítica ou economia de escala para a mudança. Só para a mudança, porque depois vem a batalha do mundo paralelo que criaram para matar qualquer política alternativa, em suma uma "democracia" alternativa do mais forte, Putins.
Emigro, em primeiro lugar, para fazer vida. É isso que me leva a sair, mas de brinde também penso que a Madeira não tem já remédio. "Eu sou eu e minha circunstância", a necessidade de emigrar abre-me a porta da realidade, acaba com o meu estado de negação, aquele me deixa em zona de conforto para não desanimar. Quando tomo a decisão de emigrar, abandono a ideia de me proteger mentalmente e caio na realidade, enfraqueço quem fica e que ainda faz o mesmo.
Quero dar um conselho, se a JPP me permite, façam como aquele eleitor que escolhe boas pessoas, aquelas que lhe transmitem confiança e não partidos. Na sua luta diária, a JPP sem ideologia, que se preocupe em acolher as causas das boas pessoas, aquelas que mesmo tendo ideologia não veem ninguém idóneo no seu partido. Acolha a luta dos que em estado de negação ainda ficam, é porque qualquer dia não existe madeirenses, basta andar na rua, e isto não é a Madeira, está tudo desvirtuado pela ganância. São madeirenses aqueles que expulsam madeirenses. São madeirenses que permitiram estragar tudo. Pelo que já vimos, há toupeiras verdes piores do que gente são com ideologia, com partido ou não, praticante ou não, tudo é um fingimento do "Eu sou eu e minha circunstância".
Pede-se lucidez porque qualquer dia isto é um resort de estrangeiros endinheirados com uma economia frágil que não aguenta sequer jornalismo livre ou um clube de futebol, que já começou a ser comprada por chineses, qualquer dia dominam a Madeira de uma assentada, aos tolos disto tudo. É o que se segue, a exemplo de outros países africanos. Abram os olhos.
Alguma ira sobre a JPP deve-se ao facto de ser um bastião do que digo e em favor dos madeirenses, se também embrutecer, o caminho é a emigração para uns e um grupinho parlamentar para outros com os DDT a se rir. Estarão todos ocupados mas sem efeito prático...
Termino com esta certeza, há muitos a alimentar o monstro que vão se arrepender do que fizeram, os incêndios e o que não funciona (porque estão desligados das necessidades dos madeirenses) serão "mortais". Espero que, depois o dinheiro que pagam para estarem amestrados, chegue para o custo de vida e que não vos deem com os pés porque já não precisam. Afinal já estamos mais caros do que muitos países da Europa, para naturais e residentes, de repente a bolha rebenta, e a Madeira fica como aquelas esplanadas que não gostavam de madeirenses antes da Covid.
Nota à parte: é completamente acéfalo ver alguns já toldados que acham que o escrutínio deve ser feito contra a oposição e de que, os lugares públicos que alguns ocupam não devem estar sujeitos a comentários. Meus Deus onde já vai a loucura da ditadura.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 8 de Setembro de 2024
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