A Arditi, essa agência que parece ter mais talento para esfregar orçamentos do que para a ciência propriamente dita, vai agora receber uma pipa de massa para comprar um "veículo autónomo subaquático não tripulado de 1000 metros". Parece impressionante, não é? Mas, claro, o que realmente chama a atenção aqui são os "sensores científicos". Será que estamos a falar de sensores tão avançados que já escrevem artigos para revistas científicas? Quem sabe, até nos dizem como salvar o planeta. Ou será que eles têm a capacidade de limpar a água do mar para que os banhistas possam nadar com os peixinhos sem esbarrar em plásticos? Ah, que visão idílica.
Agora, pergunto-me, que valor real terá este brinquedo subaquático para quem vive na Madeira? Miguel Albuquerque, será que o povo madeirense vai sentir alguma diferença no bolso ou na qualidade de vida com este "transformador" veículo? Talvez vá pescar uns peixes mais fresquinhos para o jantar... ou, quem sabe, descobrir tesouros escondidos. Uma coisa é certa: os madeirenses devem estar a esfregar as mãos com a expectativa de verem onde mais o dinheiro público pode "mergulhar". Afinal, é sempre bom ter uns trocos a flutuar no fundo do mar, não é?
Este "veículo autónomo subaquático não tripulado de 1000 metros" não é apenas um brinquedo para andar a passear debaixo de água. Não, senhor! Ele está equipado com sensores científicos, que, como toda a gente sabe, são uma categoria de tecnologia mítica. Estes sensores não apenas medem coisas banais como temperatura ou salinidade. Não, não! Eles devem ser tão avançados que, enquanto recolhem dados, escrevem teses de doutoramento, fazem palestras no TED e até resolvem as alterações climáticas, tudo ao mesmo tempo. Quem sabe se um dia destes não vamos ver um desses sensores a concorrer ao Prémio Nobel!
Agora, claro, a questão que toda a Madeira deve estar a fazer é: que raio de mais-valia traz este veículo de última geração para os cidadãos que vivem na ilha? Ora, vejamos… talvez ele vá patrulhar as águas da Zona Económica Exclusiva para garantir que nenhum peixe entre sem pagar bilhete. Ou então, quem sabe, o veículo pode servir de táxi subaquático para os tubarões e golfinhos, promovendo o turismo marinho de luxo. Miguel Albuquerque, tens de estar atento! Podes até começar a cobrar portagens subaquáticas. Afinal, se há portagens nas estradas, porque não debaixo de água?
E não me espantaria se, no fim de contas, este veículo com sensores "mágicos" servisse para recolher amostras de água apenas para confirmar que… bem, sim, continua a ser água salgada. Genial, não? Enquanto isso, o povo madeirense está de certeza aliviado por saber que o seu dinheiro está a ser "investido" em algo tão essencial como isto. Afinal, quem precisa de melhores infraestruturas, serviços de saúde ou habitação quando se pode ter um submarino-robot com sensores que, com sorte, ainda te fazem um café enquanto nadam alegremente nos 1000 metros de profundidade?
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 26 de Setembro de 2024
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