O Broquilha


P ara os que esperavam que o Presidente do Governo tivesse Sentido de Estado, aquando dos últimos incêndios que assolaram as serras da Madeira, desiludiram-se redondamente. O cidadão Miguel tem todo o direito a ter férias, mas o político Miguel devia imediatamente interromper as férias e regressar à ilha. Pelo contrário, até deixou-se fotografar a apanhar sol enquanto a Madeira ardia.  

Apenas quando a situação se tornou politicamente insustentável é que se lembrou de se levantar da espreguiçadeira e regressar à ilha. 

Quando todos esperavam um herói, em vez de mostrar liderança, começou a disparatar e a ofender os madeirenses apelidando-os de “Abutres” e “Bêbados”. Vá lá que não se lembrou de chamar “Drogado” a ninguém.

Que é feito daquele Presidente de Câmara que no meio da Aluvião de 2010 colocou-se à frente da lama e liderou na rua as ações da Proteção Civil Municipal? 

Que é feito daquele político renascentista que derrotou Alberto João?

Será que morreu o herói e nasceu o vilão? Ou será que o poder embriaga?

A verdade é que este novo Miguel revelou-se uma nulidade. Quando irritado, perde a calma e torna-se brega, disparando para todo o lado sem sequer pensar. Viu-se logo isso nos incêndios que assolaram o Funchal em 2016, em que, numa célebre conferência de imprensa conjunta com o Governo de Portugal, perante uma pergunta inconveniente de um jornalista, irritou-se e, quando preparava-se para desbocar javardice, foi salvo pelo primeiro-ministro (e seu opositor politico) António Costa, que muito habilmente conseguiu manter a serenidade. 

O pior de tudo isto, é que muitos dos seus opositores políticos da Madeira ainda não se aperceberam que Miguel Albuquerque mudou e neste momento é um político frágil e muito fácil de derrotar, porque perde facilmente as estribeiras quando se irrita. Quem não se lembra daquela atitude de puto amuado quando, em plena campanha eleitoral, foi confrontado na televisão pelo líder do JPP? E aquela atitude de déspota na discussão do ultimo programa de governo? Ele acha que não perde votos pela imagem que transmite?

Muita gente ainda não se apercebeu, mas Miguel Albuquerque nasceu em 1961 e tem atualmente 63 anos, ou seja, embora já tenha idade para ter juízo, continua a ser uma criança a quem deram um governo para brincar com os amigos.

Com tudo isto, conclui-se inequivocamente que Miguel Albuquerque é apenas um Broquilha Político, que é governo devido ao apoio parlamentar de outros tantos Broquilhas.

Post Scriptum: Broquilha é um termo madeirense que no sentido pejorativo significa ser uma pessoa pouco instruída, desajeitada e intelectualmente limitada.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 2 de Setembro de 2024
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