C om toda a cara de pau que Albuquerque tem, convém lembrar a maneira como manipulou e condicionou tudo para manter a imunidade. Quem acreditar que Albuquerque faz alguma coisa a pensar na democracia é tolo. A lata é tal, que na proposta de revisão eleitoral, saída da Comissão Política do PSD, diz tudo. Dizem que não prejudica os pequenos partidos, mas logo de imediato confirmam que os pequenos partidos desaparecem "os pequenos partidos, podem sempre eleger deputados no círculo de compensação que poderá ser criado, uma vez que elegerá cinco dos 54 deputados no círculo de compensação, além de garantir que, efectivamente, as comunidades locais de cada concelho se sintam mais representadas com o regresso dos 11 círculos eleitorais concelhios". Cuidado com as palavra destes manhosos! Desaparecem com os pequenos partidos e depois fazem um favor de apresentar como que uma "liguilha" criando um circulo chamado de "compensação"... Os pequenos partidos só estarão presentes SE criarem um círculo de compensação. Não aceitem esta revisão e se isto for em frente... "guerra"! Esta gente não é democrata.
No círculo único, o que temos? Os votos de todo o arquipélago, de todos os concelhos, somam e depois dividem os lugares pelos resultados máximos alcançados pelos partidos através do Método de Hondt. A junção de todos os votos aumenta a possibilidade dos partidos mais pequenos elegerem. Se fracionarem a votação por círculos concelhios, podem nunca chegar a um número de votos significativos para a eleição, no caso dos partidos mais pequenos, em todos os concelhos. O PSD elegeria em todos os concelhos, o PS poderia falhar um ou outro concelho, a JPP ainda pior e quanto aos partidos pequenos seria raro terem alguém eleito. Para o PSD não passar por esta vergonha democrática, fala em "círculo de compensação". Os seus satélites foram traídos? "Círculo de compensação" soa a esmola para calar, mas nunca com capacidade de obter votos para haver alternância. CUIDADO.
Atualmente, algures entre 2300 a 2600 votos elege um deputado em círculo único, agora imagine por concelho ...
É uma tremenda lata se dizer que assim se vai conhecer o deputado do concelho e pedir mais responsabilidade, mas estão a dizer que na pequenez da Madeira não conhecemos os deputados? Algum deputado trabalha só para o concelho? Trabalha para todos os madeirenses, porque se assim fosse, o deputado eleito por um concelho, por exemplo do PSD, faria como fazem agora que na governação da Madeira, só olham para si, militantes, simpatizantes, vendidos, amigos de negócios, brincamos?
Não se esqueçam ou melhor relembrem toda uma série de figurinhas que têm chegado a cônsules das formas mais estranhas nesta Madeira e de países estranhos ao arquipélago. Algo me diz que o PSD-M não se lembrou da revisão da lei eleitoral agora, isto é o culminar de uma estratégia que vem sendo implementada há muito tempo. Lembre-se, para nós eleitores a democracia participativa e o voto é de tempos a tempos, eles, dependentes da profissão político, só passam o tempo a pensar em como adiar aquilo que é lógico em democracia, contínua mudança.
Alberto João Jardim também deixa alertas naquilo que concerne ao voto dos emigrantes, alertando para a sua dispersão populacional dentro dos Países de acolhimento, “a impossibilidade de um recenseamento sério, faltas de Serviços consulares bastantes, de igualdade de acesso e de fiscalização efectiva. Não a fraudes!”.
Gostei deste texto e aconselho a sua leitura: Revisão do sistema eleitoral: Método de Hondt vs Método de Saint-Langue
Se o PSD quer maquilhar este atentado à representatividade com "além de garantir que, efectivamente, as comunidades locais de cada concelho se sintam mais representadas", lembro do que tem andado a fazer às Juntas de freguesia que vão sendo na pratica substituídas por Casas do Povo financciadas por dinheiro do Governo e da Segurança Social para fazer política partidária. É a prova do que vai acontecer no futuro com a alteração da lei eleitoral.
Lembrem-se de tudo o que Albuquerque disse para destronar Jardim e como este último defende agora a democracia e a pluralidade. Albuquerque depois de silenciar o jornalismo agora vai silenciar a democracia, não se esqueçam do que fez dentro do partido para ganhar as internas. Já agora, o jornalismo que pense no monstro que criou, se alguns não mudam acredito que vão passar maus bocados com as redes sociais.
Finalizo dizendo que muitos militantes não acreditam que o PSD volte a ganhar, que não é mais do que aproveitar o PSD no poder na República como Miguel de Sousa deseja, e que temos um desfile de falsos democratas nesta terra que falam bonito mas não querem saber dos madeirenses apesar de ocuparem lugares para os representar e trabalhar por eles. Esta Madeira é uma fantochada.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 16 de Setembro de 2024
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