N esta ilha encantadora, conhecida como a Pérola do Atlântico, vive-se hoje um paradoxo doloroso: um território preso a um partido que parece liderado por quem tem a lucidez ofuscada, como se o cérebro fosse uma nuvem de pó branco. Refém de um poder económico que opera à sua conveniência, este partido é sustentado por vassalos que se desdobram para pintar um cenário ilusório onde tudo parece estar bem. Mas será mesmo?
**Proteção Civil**: Liderada por alguém cuja principal habilidade parece ser "empurrar o problema com a barriga", o setor mostra-se incapaz de antecipar ou reagir adequadamente a situações de crise. É um jogo de espera, onde a incompetência é mascarada por discursos vazios.
**Saúde**: Sob o comando da mesma figura, o sistema de saúde enfrenta carências gritantes. Medicamentos essenciais faltam nas prateleiras, deixando doentes sem alternativas. Equipamentos e recursos adequados? Uma miragem num deserto de prioridades invertidas.
**Agricultura, Ambiente, Veterinária e Pescas**: Aqui, a gestão é igualmente lamentável. Distribuem-se raticidas e plantas condenadas ao fracasso, enquanto a floresta é negligenciada e as zonas protegidas são invadidas. O risco? Perder o título de Reserva da Biosfera, um reconhecimento que deveria ser motivo de orgulho.
**Turismo**: No setor mais lucrativo, o que importa é a quantidade, não a qualidade. A Laurissilva é sacrificada, o lixo acumula-se, e a sustentabilidade é posta de lado em nome de lucros rápidos. A imagem da ilha é degradada, mas quem se importa enquanto os números impressionam?
**Obras Públicas**: Enquanto isso, os empreiteiros recebem os seus cheques religiosamente a tempo e horas. Este é o verdadeiro "investimento" do governo: infraestruturas que brilham aos olhos, alimentam cofres e captam votos.
E no meio deste caos, o líder do partido culpa a oposição por supostas tragédias, atribuindo-lhes a responsabilidade por uma região que, sem orçamento, "não pode subsistir". Ironia das ironias, a gestão por duodécimos, que tanto criticam, seria uma solução mais eficiente para poupar e sobreviver. Mas poupar não interessa ao governo; gastar e ostentar é o mote.
O povo, por sua vez, parece adormecido. Muitos vivem anestesiados por discursos grandiosos e promessas vazias; outros têm medo de perder os privilégios que ainda possuem. A oposição, apesar de boas intenções, não consegue encontrar a fórmula para conquistar a confiança e romper com este ciclo vicioso.
O resultado? Uma Madeira à deriva. Os doentes sofrem, a ilha perde a sua identidade e lá fora somos vistos como um povo masoquista, resignado a viver nesta instabilidade. E, pior que tudo, parece que já nem sabemos sonhar com algo melhor.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda feira, 16 de Dezembro de 2024
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