Um Jantar de Natal


O jantar da SRAP na última sexta-feira foi um evento memorável, mas talvez não pelos motivos esperados. Foi um "sucesso" com F de "fiasco". Levei o fim de semana a pensar se fazia ou não reflexão sobre o mesmo, decidi partilhar meu pensamento.

A receção começou com uma hora de espera à porta do restaurante do Casino, todos aguardando a chegada da ilustre RF, uma mulher que, ironicamente, sempre cumpre o que diz, menos quando se trata de horários. No entanto, essa demora foi talvez uma tática estratégica, um "modus operandi" para forçar o convívio entre os presentes. Conversa não faltou, embora o tema mais recorrente fosse o atraso e todas as conquistas até à data atingido e o perigo de cair o governo e vivermos no mal fadado duodécimos!

Quando finalmente sentados, a refeição prometia "qualidade no menu", que, em tradução prática, significava "qualidade ausente". Desde o pão duro, que causou vários acidentes odontológicos digno de registo em alguns trabalhadores do da SRAP, até à inexistência de café ou digestivo, afinal, faz mal à saúde. Para não falar das horas de espera do meni chegar a mesa.

O menu foi um verdadeiro teste de resistência, mas todos os "meninos da creche" da Secretária compareceram em peso. As mesas transbordavam de gente, numa adesão nunca antes vista, embora o espaço fosse tão apertado que alguns literalmente "ficaram em cima" uns dos outros.

Confesso que fui movido pela curiosidade, esperando um espetáculo digno de circo. Contudo, lamento o investimento do meu rico dinheiro. O clímax foi um "discurso de uma hora" da RF, carregado de emoção, ou talvez de outro tipo de lágrimas, difíceis de distinguir se de desalento ou desilusão. Se há algo que não se pode negar à RF, é o talento oratório; palavras não lhe faltam para pintar quadros de grandeza.

E assim se encerrou mais um ano de desafios, decisões duvidosas e "delete" sistemática de qualquer coisa que se assemelhasse a trabalho bem feito. Os votos de fim de ano vieram embalados num discurso de mártir lutadora da causa publica, cheio de autoelogios. Segundo RF, foi o melhor ano de sempre: os utentes nunca tiveram serviços tão eficientes, as associações de animais foram amplamente apoiadas, e as casas do povo estão radiantes com as ajudas outorgadas. 

A narrativa oficial: um conto de sucesso.  

A experiência vivida: um jantar difícil de digerir.

A lição aprendida: no próximo ano vou guardar o dinheiro e jantar com gente as direitas

Para o ano haverá mais, Deus permita que não tenhamos RF na frente! 

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda feira, 16 de Dezembro de 2024
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