O PSD-M não vai usar os melhores
para manter os medíocres e os "ladrões".
N unca passei um Natal tão cínico como este, soa tudo a falso, a tradição de calendário, as fotografias para fazer a vez, um bispo sem estatura para dar exemplo e falar de virtude, a quadra é aproveitada por fingidos que dela nada querem saber, o seu objectivo maior é manter o estatuto, o vencimento, o lugar, o poder, etc. Um ano de safados a culminar em aflição.
As tradições são atropeladas por interesses. O sucesso é deturpar e não ensinar o caminho.
Todos esses da ribalta são, pelos menos, iguais a nós, mas eu diria piores porque nós ainda nos autocensuramos para não ir mais além, eles já perderam o pudor e jogam tudo por tudo. Só eles aparecem e a TV e Jornais compactuam.
Na condição em que vivemos, de carestia de tudo e mingua nos ganhos, percebemos que quem elegemos ou quem deveria ser pastor de cordeiros, simplesmente deixariam de ser importantes sem um cargo. Ganhar bem a qualquer custo tornou os lugares públicos, de eleição ou nomeação, uma disputa sem honra e onde o mérito não prevalece, por isso os ambientes são tão maus.
Ninguém é estúpido apesar da iliteracia reinante, cada um sabe e não respeita (à sua maneira) como outros conquistaram o posto assente em jogo sujo. Uns fazem o mesmo jogo, outros estão revoltados. Vamos ver quem puxa mais a corda. Eu tenho uma teoria, os melhores de facto vão embora, os críticos não toleram o jogo viciado, os valorosos não vingam, porque o tempo não é de valores da pessoa humana.
Anda tudo calado, mas num tremendo esforço para não perder a cabeça, porque à sua volta nada está bem ou certo, é tão só a perpetuação de gente desqualificada, sem valores, ética ou moral, sem carácter para manter a tabela de mérito que nos distingue e nos adequa a cada posto. O ranking não é uma vergonha.
A necessidade dos piores em manter a pocilga, à conta da política, é o ambiente para manipularem, para não perder o topo pelo SIADAP, caricatamente falseado, mas ainda por concursos, sobretudo preferências.
O ranking serve para adequar os meios humanos às exigências de cada lugar e, no conjunto, fazemos uma sociedade perfeita, cada um a dar o pleno no âmbito do lugar. Se você quer aterrar no Funchal com ventos querem o melhor piloto à frente. Se vão ser operados querem o melhor cirurgião, e aí por diante, lá por não colocar a sua vida em risco não significa que os outros lugares e profissões não devam respeitar o ranking.
Assim estamos a expulsar os melhores, a ficar com os desadequados, permissivos a jogadas políticas que os elevam a patamares sem competição e à conta da política. Depois os jornais fazem o papelão de os elogiar gratuitamente, mais uns subjugados pela mediocridade. Ela tem muita vénia. Mas os jornais fazem outro papelão, destacar emigrados que, em competição, foram melhores, destacados e respeitados. A ilha sente orgulho neles, mas para alimentar o Povo Superior que não permite ou admite o mérito. Mais um cinismo, sobretudo nesta altura de Natal em que alguns regressam à terra.
Há muita gente que passa uma vida a ser renegada por serem os melhores, mas metem medo aos desadequados que usam a política com um pé em cima. Raras vezes a exigência expõe a incompetência, no Verão tivemos um momento, até porque existe o jornalismo local para pintar ao jeito que o Governo paga à espera de retorno.
Há dias Jardim apelava aos melhores, a uma Frente Autonomista, ele nem reparou que "assassinou" tantos e que se passaram décadas, que o PSD parece a Universidade a formar para entregar à felicidade de países estrangeiros. Foram demasiado longe e os melhores não "brincam" neste jogo de abusarem das suas qualidade. Com desprezo, os apelos de quem falhou nunca serão atendidos. A Madeira está num sem fim interminável, a rebuscar na incompetência, nos falsos e nos moluscos, são sempre as mesmas caras, coisa que o Correio da Madeira faz por mostrar e que leio e participo por isso.
Não percebo porque os patas rapadas têm medo do desconhecido, quando o Povo Superior está acagaçado a inventar tudo o que pode. Os pata-rapadas fixam-se no conhecido que se tornou puro erro num "continuum". Num país que se tornou grande quando navegou pelo desconhecido é uma ironia. Porque estamos à espera que "inventem qualquer coisa" para não haver congresso, o que vamos viver no futuro, com Miguel Albuquerque, já vivemos e agora vamos para pior, com os "sem honra" do CDS, mas já sem PAN e IL.
Votar e apoiar Albuquerque é beneficiar o infrator, é fazê-lo gozar de toda a democracia, da Justiça e dos pobres na Madeira... que existem. É gozar da inteligência dos madeirenses. Não podemos ser coniventes, cúmplices e condescendentes com fugitivos de arguidos com graves acusações que não foram feitas de ânimo leve. Sabe-o se leu o despacho das acusações.
Uma região de ajuste direto, de predestinados e não selecionados chegou ao fim da linha. Os completamente descredibilizados procuram caras para usar e deitar fora. Precisam de outros que acreditem para voltar a dar o golpe. Só temos visto, sempre, mentira.
A democracia implica alternância e não permanência, é caricato 50 anos dos mesmos e ainda se invocar motivos para nada se mudar. Vamos cair em nós!
Outra confissão: as elites acomodadas não farão mudanças. Se está mal... mude-os.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 24 de Dezembro de 2024
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