N esta tragicomédia digna de um Prémio Camões, para o teatro do absurdo, eis que Miguel Albuquerque surge com um novo adereço: uns óculos reluzentes, iguais aos do seu colega Pedro Calado. Dizem as más línguas — ou as bem-informadas — que é um truque clássico recomendado por advogados: colocar os óculos para dar aquele ar de "sou apenas um homem simples e inocente, incompreendido pela crueldade do mundo". O problema? Com tantos óculos na política madeirense, já não se sabe se estamos numa Assembleia Legislativa ou num simpósio de optometria.
E falando em advogados, talvez seja hora de chamar o crème de la crème: Paulo Sá e Cunha, o homem do momento no "circuito jurídico VIP". Já defende figuras como Fernando Medina e Pedro Calado, e com a velocidade com que as coisas andam a descarrilar na Quinta Vigia, bem que poderia adicionar Miguel Albuquerque e os cinco arguidos ao seu portefólio. Não se trata apenas de um desafio profissional, mas de um verdadeiro pacote executivo. Afinal, gerir tantos casos políticos é quase como coordenar uma equipa de futebol: cada cliente tem o seu papel, e Paulo Sá e Cunha parece ser o treinador ideal.
O único entrave? A tarifa horária: 1.400 euros à hora. Que fique o aviso a Miguel Albuquerque: é melhor ir poupando desde já ou abrir uma linha de crédito político. Porque com o ritmo a que as moções de censura, processos judiciais e fugas estratégicas se sucedem, o contador não vai parar tão cedo.
Se o plano é manter o ar de "inocência" com os óculos, esperemos que Paulo Sá e Cunha tenha paciência para ajudar Albuquerque a encontrar o caminho para fora deste labirinto jurídico. Mas, com 1.400 euros à hora, é certo que cada minuto de conselhos será tão valioso quanto os discursos que o Governo Regional decidiu não ouvir.
E assim segue a Madeira, entre moções, advogados, e óculos de armação fina, como se o futuro da região dependesse mais de boas lentes do que de boas lideranças.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça feira, 17 de Dezembro de 2024
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