J á foi o tempo em que ficava empolgado com o anúncio de sondagens, ou não acredito ou não acertam. Esta novidade, de duas sondagens no mesmo dia, vai levar as pessoas ao meu estado zen com sondagens. JM: o PSD ganha, na sondagem aparece com 28% e fica com 20 deputados, nas Regionais de maio passado, o PSD obteve 36,13% e ficou com 19 deputados (oficial). É um comentário tonto? Veremos! É curioso, o histórico chumbo do Orçamento Regional, que é uma realidade, fica abafada por uma sondagem com uma amostragem de 803 entrevistados.
Penso que o JM será chamado para resolver a erosão costeira do país com a subida do nível do mar, com o JM o pais aumenta de área sem vulcões:
A sondagem está a gosto do PSD, mantendo o partido das brigas em segundo, minar o partido que fiscaliza, aumentar o IL do Camelo (mas falando do Morna), castigar o Chega, dar a mão ao partido sombra.
A sondagem do DN é com uma amostra mais pequena, 485 entrevistas, o CDS perde um deputado e fica com um, é suficiente para ser o Presidente do Casino? Sim porque depende das cotoveladas e dos acordos nas costas dos militantes do CDS.
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DN Madeira. |
Gostei muito de um texto que é um ensinamento aos partidos da oposição (link) e que hoje têm o resultado das suas apostas. Se eu fosse um dos moderadores do CM, mesmo com um site livre, mandava-os de volta aos jornais. Os jornais na hora da verdade lembram-se de quem paga.
Devo alertar o seguinte, nas Regionais de maio, dentro do próprio PSD alvitravam o crescimento notável da JPP, nas sondagens não, depois foi confirmado nas eleições (o PSD-M tinha melhores sondagens do que os jornais). Sei que o CM por vezes tem acesso, publiquem por favor. Mas dizia, esse momento é de quebra de tabus para muitos, mas de muitos mais ao interiorizar os resultados. O eleitorado encontrou uma solução, uns aderiram e outros vão aderir. A JPP vai ultrapassar o PS nas próximas Regionais. É uma previsão, lendo os acontecimentos que são muito inconvenientes ao PSD Madeira, mas é para isso que temos o Correio da Madeira para abordar.
O Camelo do IL vai dobrar os deputados (no DN) porque torna-se uma fuga dos PSD e mais um aliado de coligação? O Chega é castigado depois de mentir nas Regionais anteriores e depois de todas as confusões, no JM, mas não no DN?
O eleitor é soberano, mas isso não significa que vote bem. Estas tendências mostram que é preciso ações judiciais no seio do eleitorado, são alegadamente tão corruptos como os escolhidos. Farinha do mesmo saco. A Madeira está a mostrar ao país porque não deve ser regionalizado.
Vamos falar mais a sério...
A amostra do JM é maior mas não me inspira confiança. O tamanho da amostra para uma pesquisa eleitoral depende de:
- Margem de erro desejada: Geralmente entre 2% e 5%.
- Nível de confiança: Normalmente 95%.
- Proporção populacional estimada (p): Usualmente 50%, que maximiza a variabilidade.
A fórmula mais comum para calcular o tamanho da amostra é:
Onde:
- : Valor z associado ao nível de confiança (1,96 para 95%).
- : Proporção esperada (0,5 se não houver estimativa anterior).
- : Margem de erro desejada.
Exemplo prático
Se considerarmos:
- Margem de erro E: E=3%=0,03
- Nível de confiança: 95% (Z=1,96)
- Proporção esperada (p): 50% (0,5)
O cálculo será:
Ou seja, uma amostra de aproximadamente 1.067 eleitores seria suficiente para garantir uma margem de erro de 3%.
MAS! ...
Para o método garantir a representatividade e eficácia da sondagem devem contar com:
Amostragem aleatória estratificada:
- Divide a população em subgrupos (estratos) relevantes, como idade, género, escolaridade ou região.
- Seleciona aleatoriamente participantes de cada estrato proporcionalmente ao tamanho desse grupo na população total.
Exemplo:
- População: 250.000 eleitores.
- Estrato "idade": 20% têm 18-29 anos, então 20% da amostra deve vir desse grupo. (O que fazem com os jovens, estão na maioria da Madeira)
Amostragem sistemática (quando a lista de eleitores está disponível):
- Escolhe eleitores a partir de intervalos regulares na lista, garantindo cobertura uniforme.
Colheita de dados:
- Entrevistas presenciais: maior controle, mas mais caro e demorado.
- Entrevistas telefónicas: mais rápidas e económicas, mas exigem boa base de contatos atualizada.
- Pesquisas online: úteis se a penetração de internet for elevada e houver mecanismos para garantir representatividade.
Cuidados adicionais
- Controle de viés: garantir que os participantes selecionados realmente refletem as características da população.
- Supervisão de campo: fiscalizar a qualidade das respostas e evitar fraudes.
- Ponderação dos dados: Caso algum grupo seja sub-representado, ajustar os pesos dos dados.
É com estas práticas que a pesquisa terá alta precisão e credibilidade, pergunto quem tem dinheiro para pagá-las? Os jornais na Região que dizem não ter dinheiro para mandar cantar um cego?
O mais interessante para o fim.
O eleitor não está cansado de eleições, até porque vai haver um aliciante adicional, isso foi felizmente revelado pelo DN. Reparem como estas sondagens podem cair em dois tempos. 44% quer novas eleições e 36% queria que Albuquerque saísse pelo seu próprio pé, mas assim temos 80% de rejeição de Albuquerque que teima em ser candidato do PSD numas hipotéticas Eleições Regionais. O que vão estes 80% fazer realmente? 44% são maioritariamente da oposição e 36% maioritariamente do PSD. Onde anda esta realidade nas duas sondagens? Vai haver surpresa nas eleições e as sondagens são Mediaram a funcionar.
Nota do CM: autor, as suas fórmulas deram erro na publicação, tivemos que colocar imagens e não colocar os símbolos certos mas sim aproximados.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
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