"Se eu fosse madeirense castigava os partidos da oposição"

Q uando ouvi esta frase aos microfones da Antena 1 nem queria acreditar. É da autoria de Miguel Albuquerque. Muitos lapsos nada mais representam senão a boca a fugir para a verdade. Como aquela do também arguido Sócrates, que queria um país mais pobre.

Temos um presidente de "sangue azul" que não se mistura com o sangue madeirense, a não ser quando precisa do madeirense (sobretudo o da função pública e similares que são a base eleitoral do partido) nas urnas de voto.

Ou então devemos perguntar, se não é madeirense, afinal o que é Miguel Albuquerque? Ansiamos rapidamente pela exibição das nacionalidades que possa ter no passaporte.

Um presidente (de parte) dos madeirenses mas que não é madeirense?...

Mas que excelente prenda de Natal para a oposição.

Tal como aquele do Turismo ser a indústria da paz, esta meia verdade de Albuquerque não passa do reconhecimento de que há, pelo menos, duas categorias de madeirenses.

Cabe ao leitor diferenciá-las.

Em Setembro de 2019 denunciei que Albuquerque não governava para os madeirenses mas para 5 ou 6 famílias que controlam a economia da Região.

Não teve coragem para desmentir. E o tempo tem-me dado razão.

Infelizmente, a maioria prefere viver na ilusão ou na falsa convicção de que "podia ser pior" como reles desculpa para não se empenhar numa mudança de paradigma de governação do bem de todos (pois até a expressão "bem comum" foi subvertida por estas pseudo-elites).

Pessoas competentes, humanas, justas e solidárias existem na Madeira. Há que juntá-las. Como? Não sei. Apenas sei que não as devem procurar nem em palácios, roof-top's, nem em clubes de golfe ou de carros antigos.

Para finalizar, o que serão 6 meses de duodécimos perante quase 50 anos de governação cleptocrática, prepotente e injusta?

Espero que Oposição se organize e emende a mão face às promessas que deixou ao eleitorado no sentido de não viabilizar um governo de Albuquerque. Este atraso é da vossa responsabilidade.

E que se entendam na formação de um "governo de salvação regional". Afinal, houve propostas da vossa parte que foram acolhidas no Orçamento do PSD. Sinal de que em vós haverá suficiente massa cinzenta para a governação.

Mas se não se entenderem, ao menos viabilizem um governo de independentes/competentes, de pessoas não sujeitas aos interesses dos donos disto tudo. Também os há.

Pedro Marques de Sousa

P.S. Cristina Pedra vangloria-se com, salvo erro, setenta e tal mil euros de apoio social a pessoas que recorreram à ASA. Afinal, parece que há pobreza. Mas seria bom que dissesse quantos ajustes directos de igual ou superior valor fez ao longo do ano para outras, como direi, "clientelas"?

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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