A situação política na Madeira nunca esteve tão tensa e carregada de incerteza. A cada dia que passa, o Partido Social Democrata (PSD) vê-se mais profundamente dividido, com a liderança de Miguel Albuquerque a enfrentar uma crescente pressão de dentro e de fora do partido. Esta crise, que já se arrasta há algum tempo, está a empurrar a região para um cenário inesperado: a possibilidade de formação de uma Frente Autonomista que, à medida que os dias passam, ganha cada vez mais força.
Não se trata apenas de um pequeno movimento de descontentes, mas sim de uma coligação crescente de pequenos partidos e figuras de peso que, por questões de princípios e moralidade, estão a juntar-se para substituir a liderança do PSD. Esta nova frente, que mistura forças de diferentes quadrantes – desde o próprio PSD a figuras do PS, IL e CDS – começa a ser vista como a única solução capaz de devolver à Madeira o rumo que as suas instituições e o seu povo merecem.
A razão para essa crescente pressão é clara: o sequestro do PSD por Miguel Albuquerque. O atual presidente do partido, que já foi visto como o bastião da estabilidade, tem-se mostrado cada vez mais refém de uma necessidade desesperada de poder. Recorrendo a toda a sorte de artimanhas e manipulações, Albuquerque está a tentar desesperadamente manter-se no comando, mesmo quando já é evidente que a sua liderança está conspurcada por inúmeros casos de corrupção e descredibilização política. A sua incapacidade de abrir espaço para uma verdadeira renovação e a sua postura de autoritarismo têm levado ao afastamento de figuras importantes dentro do próprio PSD, que começam a ver na Frente Autonomista a única possibilidade de salvação política.
O movimento que está a nascer não é apenas uma rebelião interna, é uma verdadeira mudança de paradigma. Já existem movimentações em marcha, e o que antes parecia uma ideia distante agora toma forma de forma concreta. A chegada de figuras históricas do PSD, figuras de renome de outros partidos, e até a incorporação de novas vozes políticas, faz com que a Frente Autonomista se torne um desafio direto ao atual governo e à liderança de Albuquerque.
Se este movimento se concretizar, a realidade será inescapável: o PSD tal como o conhecemos deixará de existir. Albuquerque, ao recusar eleições internas, ao manter-se agarrado ao poder e ao sufocar qualquer tentativa de mudança legítima, está a dar os últimos passos para a sua própria queda. Os militantes do PSD que continuam a apoiar a sua liderança não podem ignorar o risco iminente de verem o partido desintegrado e transformado em algo irreconhecível.
Mas ainda há tempo para evitar o pior. O momento é agora. A realização de eleições internas no PSD Madeira é uma exigência incontornável e, se Albuquerque e os seus apoiantes tiverem a coragem de abrir o partido ao debate interno, poderão evitar um cisma irreparável. Se se continuar a recorrer à manipulação e à falta de transparência, o risco de um movimento de renovação radical que abala as fundações do partido é real. Uma frente autonomista, com o apoio de vários sectores da sociedade, pode não apenas tomar o poder, mas também substituir a liderança de Albuquerque e criar um novo cenário político para a Madeira, mais representativo e mais justo.
Portanto, chega de empurrar com a barriga. Chega de se manter à margem do inevitável. Albuquerque e a sua equipa têm a última oportunidade para evitar a queda do PSD Madeira. A alternativa é clara: ou cedem à pressão interna e promovem a renovação, ou o partido que ajudaram a construir desaparecerá da mesma forma como surgiu: envolto em crise e desconfiança.
A história irá julgar, e as futuras gerações recordarão a coragem ou a teimosia daqueles que, no último momento, poderiam ter salvado o PSD e a Madeira. A hora de agir é agora. A Frente Autonomista já está a ganhar força, e a pergunta que todos devem fazer é: será que queremos que a Madeira seja governada por um PSD fragmentado, sem futuro, ou estamos dispostos a fazer o que é necessário para salvar a nossa autonomia e o nosso futuro?
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 11 de Janeiro de 2025
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