A foto diz muito, a Madeira e o regime estão cada vez mais sozinhos depois de terem isolado a "Autonomia" com todo tipo de desvarios verbais, durante anos, para instalarem a ditadura camuflada e uma gestão financeira discricionária e déspota que gerou dívidas e corrupção. O PSD nacional, que disse que ia combater a corrupção, cai-lhes estas moscas no prato. Se pudessem ponham-se a milhas deste PSD Madeira, não envergonha só a Madeira, mas a democracia e muitos democratas.
As eleições eram para andar depressa, segundo as intenções de Miguel Albuquerque, um incentivo à cegueira e aos atropelos processuais para lhe dar sucesso numas Eleições Regionais. Um herói resiliente perante uma oposição dizimada pelo jornalismo. Não é a primeira vez que Albuquerque provoca isto, é a transposição da guerra blitzkrieg para a política. Tudo rápido menos as internas do PSD, que segundo ele e seus jornalistas nem deveriam existir. O problema é que nada corre bem, porque as pessoas já não cooperam ou têm boa vontade. São contra Albuquerque.
Primeiro, Albuquerque, Miguel de Sousa e o mais do que reformado, um avençado, Guilherme Silva. As réstias de Renovação, onde se percebe que existem novas baixas que não se querem ver ao lado de Albuquerque. Ficam só os que diretamente relacionam, obrigados, que não podem fugir, e algum interesseiro nato, porque os abutres vão até à carne morta.
O problema é que todos achavam que fazendo o uníssono para eleições no domingo, depois do duplo Carnaval, 9 de março, que saiam de lá já aliviados. Marcelo trocou as voltas e "amolou", vai fazer mais consultas, nomeadamente ao Conselho de Estado, no qual está Albuquerque, e não deveria estar, muito menos com imunidade. Mas este adiamento trouxe grandes problemas para Albuquerque, porque Marcelo a decidir assim deixa de ser o "culpado", o que evitaria muitas chatices. Por exemplo, o PSD-M já não teria que arranjar uma resposta para as quinhentas e tal assinaturas de Manuel António que pedem eleições e congresso. Com timings curtos ficaria inviabilizado, Albuquerque lavaria as mãos.
Mas assim não foi e a bola passa para o lado do Conselho de Jurisdição do PSD, que deve decidir se sim ou não a internas e congresso, se decide não, automaticamente a Renovação fica com todas as culpas nas futuras Regionais, porque muitos no PSD terão todo gosto em tirar a razão a Albuquerque. Se dizem sim, é a traição dos que ainda restam a Albuquerque e uma indicação a Marcelo para adiar as eleições até o PSD-M acabar o seu processo interno. Indo a eleições internas ninguém sabe o que acontece, mas a situação real de Albuquerque é aguda para perder, ainda assim tem um grande trunfo que vale votos, uma máquina de secretaria que tudo condiciona para ganhar, os tachistas e os dependentes.
Marcelo é mais rato do que o PSD-M e sabe também os seus limites decorrentes do fim do mandato, está a ser calculista, não está com qualquer empatia para com Albuquerque, faz o seu papel sorridente, mas conta o efeito prático. Albuquerque já destratou muitas vezes Marcelo e ele vai cobrar, não suporta a comparação com o caso de António Costa, lembra do que Albuquerque disse de Costa em situação incomparavelmente menos grave, mas onde o último teve honra. Albuquerque destrói a política. Marcelo vai atrapalhar.
Entretanto, o Conselho de Jurisdição do PSD está numa alhada, se disser que sim a Internas é ele a "enterrar" Albuquerque, o último suspiro, porque o partido tira-lhe o tapete com os seus mais próximos. Pode ser tudo combinado e até aparecer mais uma candidatura, a segunda linha promovida por Jardim, Ramos Jr. e o "eleito" Coelho de Câmara de Lobos, situação de que Abreu tem conhecimento. Seriam eleições a 3 e não a dois, onde os mais votados poderiam segurar o regime, os oligarcas, o que importa. Se o Conselho de Jurisdição disser que não, não há Internas, inventando qualquer coisa como disse Miguel de Sousa, o PSD então é que derrapa com muitos movimentos de votos ou abstenções nas Regionais. Para o bem do PSD, é melhor que digam sim a eleições internas, porque ainda existe uma oportunidade de martelar resultados condicionando tudo. O não terá reflexo imediato nas Regionais... alguém vai receber mais votos.
Paralelamente a isto, é puro desespero de Albuquerque, sempre com cara de pau, voltar a convidar Manuel António para negociar lugares (link) depois de receber "não" de resposta e depois de tanta manifestação de "democrata", a exonerar e limpar do Governo Regional todos aqueles que apoiaram Manuel António nas outras internas.
Só falta Rafaela Fernandes a pronunciar o "pimenta no traseiro dos outros", que grande tiro pela culatra.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 10 de Janeiro de 2025
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