Devolvam o radar dos ventos e peçam o dinheiro de volta.


E stou a disparar como o Trump, nunca se sabe se é a sério ou a brincar. Mas é verdade que se deve devolver o radar do vento porque é igual ao litro, dinheiro de volta para comprar medicamentos. Então não deveriam estar a aterrar aviões com o mau tempo? Tanto Governante com ilusões. E acabou aqui o populismo.

Hoje, dizem que vai dar vento moderado a forte (30 a 55 km/h) de sudoeste, com rajadas até 85 km/h, em especial nos extremos leste e oeste da ilha da Madeira, ou seja, tanto no Aeroporto da Madeira como no Aeroporto da Calheta e no campo de golfe da Ponta do Pargo, e até 110 km/h nas terras altas, eu pensava que pela conversa dos nossos governantes que o radar lançava uns raios e aquilo parava. Pagar tanto para se saber tanto quanto a manga do vento na prática? E acabou um pouco de humor.

Os radares servem para estudar os ventos para criar modelos que depois serão apresentados às autoridades, para a tal alteração que o Albuquerque queria às cegas. Perceberam que os governantes adulteraram a realidade? E agora onde estão eles por estes dias? Não são para auxiliar os aviões.

Fui buscar as declarações na RTP-M sobre os equipamentos, num não são claros, mas noutro, o LIDAR, que significa Light Detection and Ranging, sabe-se que é uma ferramenta poderosa, mas não perfeito. Tem limitações técnicas, ambientais e operacionais por isso é preciso combinar com anemómetros e sensores terrestres para compensar essas falhas, a par do outro novo equipamento.

O LIDAR têm um alcance menor em comparação com os radares Doppler, porque dependem da dispersão de luz em partículas suspensas no ar (aerossóis, poeira, gotas de água), precisam de algo no ar para refletir os sinais enviados. Por isso é que em ambientes limpos (como altitudes elevadas), os dados podem ser menos precisos. Com mau tempo funciona melhor, mas às vezes temos só vento, que traga partículas.

Um handicap destes radares é que podem ter dificuldade em obter medições precisas em camadas de vento muito próximas ao solo, justamente onde há uma turbulência maior que afeta a operacionalidade do nosso aeroporto. A par disto, o LIDAR é particularmente sensível a condições de baixa visibilidade, como neblina ou nuvens espessas.

Contem que aquilo que os aviões enfrentam, também os radares enfrentam, por isso são inconstantes como os aviões em situações de vento extremamente fortes ou turbulentos. As turbulências intensas podem gerar medições inconsistentes por causa da variação rápida na direção e velocidade do vento.

Há mais um pormenor interessante, sabiam que em zonas urbanas ou com muitos objetos a refletir, os dados podem ser corrompidos devido à interferência de múltiplos sinais retornados? Os equipamentos são caros, sozinhos não são fiáveis, em conjunto aumentam muito a fiabilidade da leitura, mas nunca será 100%, imagine um radar sempre no mesmo lugar com as mesmas interferências refletivas, o resultado parece sempre certo quando está sempre errado. Será que esta gente estudou este aspecto na área circundante do aeroporto?

Soma-se então à falta de fiabilidade junto ao solo, por reflexo de sinal e por compensação de outros equipamentos. Há outro, as zonas cegas próximas dos equipamentos onde, pura e simplesmente, as medições não podem ser feitas.

Eu agora vou fazer uma observação, por favor não interpretem mal! Olha é justamente de interpretação, os equipamentos recolhem dados, não analisam, portanto alguém vai pegar nos dados e colocar num modelo matemático. Sabemos que as previsões falham com regularidade, pergunto se depois dos pormenores todos, se o modelo vai ser bem servido e será o ideal para interpretar?

Mais um pormenor importante, porque acontece muito, pela Madeira avançar com obras não é problema, contra regras e com dinheiro, mas depois a manutenção é que são elas! Pergunto, os equipamentos de alta precisão exigem manutenção periódica para assegurar o funcionamento ideal. Isso está previsto? Vão vendo quantos pormenores podem gerar valores duvidosos.

Eu não ouvi, mas pode ter acontecido, para estes radares era bom haver restrições a potenciais interferências de outros dispositivos de comunicação...

Graças a Deus que há CM para se falar do que interessa.

Enviado por Denúncia Anónima
segunda-feira, 20 de Janeiro de 2025
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