J aneiro é mês de maior afluência às urgências, devido aos excessos alimentares do Natal (gorduras, açúcar , álcool), mas também porque o tempo arrefece. Ainda por cima poeiras no ar, que antigamente raramente apareciam no inverno, são mais frequentes, devido às alterações climáticas.
Mas o caos no hospital Nélio Mendonça não se dá apenas em janeiro, ignorante é quem acredita nisso. Acontece que tudo era abafado e as pessoas tinham medo de falar. Só que o acúmulo de situações leva ao limite os utentes e os seus familiares, resultando na denúncia de casos nas redes sociais.
De que serve fazer um hospital novo se as situações não se resolverem? Será um hospital novo que impedirá a falta ou escassez de medicamentos? Será que acabará com as altas problemáticas? Evitará médicos e enfermeiros em amena cavaqueira enquanto os doentes esperam e desesperam agoniados na dor? Haverá pessoal suficiente para lá trabalhar? Se muitas vezes os especialistas são chamados, mas demoram porque estão no privado e ainda chegam com má cara e sempre a despachar para regressarem às clínicas, um hospital novo irá fazê-los permanecer?
Quem governa esta ilha governa para si e para os amigos, não procura saber se vai resultar. Quando algumas vozes se levantam para criticar, lá vem um estudo encomendado pago a preço de ouro para fingir que todos são ouvidos, mas continua-se a fazer como dá na gana.
Óbvio que o hospital atual está ultrapassado, e há que ter em conta o aumento da população e o seu envelhecimento. Mas os problemas mais básicos não se resolvem mudando a fachada.
Quando se vê uma denúncia sobre os problemas nos centros de saúde ou hospitais, lá vem um dizer: no continente está pior. Para as pessoas não interessa os que estão piores, interessa os que estão muito bem. Se em certos países há um sistema de saúde de qualidade, é mais que justo termos o mesmo.
Devemos querer e exigir de quem governa sempre o melhor e não se conformar, porque "há quem esteja pior".
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 7 de Janeiro de 2025
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