Como na imprensa regional capturada não se passa nada , temos de ler os jornais nacionais, ou o CM, para saber o que realmente se passa nesta terra.
O concurso para a exploração da Marina do Funchal é mais um exemplo de amiguismo, compadrio, favorecimento e eventual ilícito criminal. O Tótó Fontes, como lhe chamava o Alberto João, só era um paladino da verdade, das boas práticas, dos bons costumes, e contra a corrupção, quando estava de fora da equação. Embora nunca tivesse estado realmente de fora, pois a Brandimport sempre foi uma das empresas do regime. Como "amigo de infância" de Miguel Albuquerque, Tótó Fontes já acha tudo bem. Tudo normal, tudo correto. Especialmente se ele estiver incluído na jogada. Tendo conseguido, nos anos da renovação, também ele renovar a sua imagem de estroina mais interessado pelos vapores alcoólicos do que reputado causídico ou empresário. É verdade que no Clube Naval tem causado recorrentemente polémica, como quando decidiu entregar o restaurante ao dono duma casa de meninas, ou quando pretende fazer mais um ginásio pondo em causa os equipamentos de fruição do sócios. Mas numa terra como a Madeira ser-se presidente duma entidade elitista como o Clube Naval lava a imagem de qualquer rufia duma juventude tardia.
Tótó Fontes disse em Agosto que queria gerir a parte seca da Marina do Funchal. Na Madeira é assim. Um amigo de Albuquerque quer, o homem sonha, a obra nasce. Pessoa não escreveria melhor. Queria e conseguiu. 10 dias depois da entrega de propostas, e quando a APRAM ainda nem tinha decidido quem tinha sido aceite a concurso, e já o Tótó anunciava ao mundo que tinha ganho a concessão, dizendo quem tinha sido excluído, e a classificação final.
Ou é vidente, substituindo o também madeirense Zandiga nas artes da adivinhação, ou os resultados do concurso resultaram de uma conversa com o seu "amigo de infância" Miguel Albuquerque, pois nem a APRAM sabia, nessa altura, quem tinha ganho. Para dar um ar de normalidade, oferece-se um valor muito acima do preço base , 40% neste caso, e depois renegoceia-se esse valor, como a APRAM admite na reportagem. Tudo gente séria.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 9 de Janeiro de 2025
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