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Às vezes é com bolo rei. |
O termo "Pão e Circo", panem et circenses, remonta ao período do Império Romano e descreve a estratégia usada pelos governantes para manter a população pacificada. Através da distribuição de pão e da promoção de espetáculos, como corridas de bigas e combates de gladiadores, as elites romanas desviavam a atenção das questões políticas e sociais mais urgentes. Esta prática evidencia como recursos básicos e entretenimento podem ser manipulados para se tornarem instrumentos de controle social, relegando anseios por justiça, participação e igualdade para um segundo plano.
Nós não inventamos nada com tantas sociedades que nos precederam, o "Pão e Circo" continua presente em muitas sociedades, na Madeira é o cúmulo. O governos e o corporativismo usam frequentemente o entretenimento e o consumo como formas de desviar a atenção da população de problemas estruturais, como desigualdade económica, a corrupção e falta de políticas públicas eficazes. Festivais, eventos desportivos, festas de raízes tradicionais, santos, frutas e outras produções, até mesmo plataformas digitais podem assumir o papel de distração, Acontece na Madeira, para que questões cruciais permaneçam negligenciadas. Com um mínimo de satisfação material e uma abundância de distrações evitam perguntas inconvenientes e mobilizações sociais. Existem orçamentos que não chegam a Juntas de Freguesia, mas chegam a Casas do Povo, há IPSS que são uma segurança social, coletes de força.
A cultura do consumo exacerbado também contribui para perpetuar essa dinâmica. A promessa de felicidade através de bens materiais e experiências efêmeras, frequentemente substitui discussões sobre mudanças profundas e necessárias. Ontem alguém me mostrava como num vídeo muito interessante, de 1 minuto e 20 segundos, 60% dos que visionaram não permaneceram 3 segundos. Para além disso, todos os "médias" desempenham um papel central neste contexto, tanto ao amplificar os espetáculos quanto ao silenciar ou marginalizar vozes críticas. Sabem dosear muito bem. Assim, o "circo" moderno manifesta-se sem "animais" e por meio de narrativas cuidadosamente elaboradas, que priorizam o entretenimento em detrimento de debates mais relevantes. Tudo vem mastigado e acostuma mal o povo.
Entretanto, a população não é apenas vítima passiva desta estratégia. Em muitos contextos, há movimentos que denunciam a lógica do "Pão e Circo" e procuram resgatar a cidadania ativa, quando tomam proporção e influência, uma simples opinião é um atentado, um crime, um delito, enquanto crimes graves em Governantes são suavizados. Da mesma forma, a arte e a cultura podem ser ferramentas poderosas para subverter esta lógica, promovendo reflexão e conscientização. Mas que tipo de cultura existe? A crítica ao "Pão e Circo" não é apenas um pedido à resistência, é uma oportunidade para reinventar uma sociedade mais participativa e igualitária. Mas como se tão viciada?
O "Pão e Circo" permanece uma metáfora poderosa para entender os mecanismos do controlo social ao longo da história. Embora a estratégia tenha evoluído e se adaptado às particularidades de cada época, a sua essência persiste. Reconhecer esta dinâmica é o primeiro passo para superá-la, incentivando a uma sociedade mais crítica, consciente e comprometida com o bem-estar coletivo, para além das distrações e superficialidades que muitas vezes dominam o quotidiano.
Correio da Madeira, é natural que enraiveçam e vos façam "30 por uma linha", vocês querem tirar dos poucos para distribuir por todos.
Há gente que sabe de tudo isto e, para agravar a situação, dizem-se felizes ignorantes ao lado dos que são e não sabem.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 11 de Janeiro de 2025
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