Reunião dos moderadores



H ouve uma reunião de moderadores sobre a perceção, maldade ou dolo de nos atribuírem censura. Dela saiu um lote de experiências que os moderadores vivem. Vamos publicar algumas, nem todas, para que quem nos segue tenha a noção do que se passa neste lado:

- Há pessoas que não respeitam as regras e mandam duas e três vezes o mesmo texto não aprovado para pressionar. Quando percebem que não foi publicado não reveem o texto, querem que saia assim e depois dizem que é censura. Melindram-se. A atitude de moderação não é pessoal, é de regras, nem sabemos quem é o autor para ter atitudes pessoais.

- O maior problema da moderação são as pessoas que não querem saber do coletivo mas só de si, aquelas que não sentem o site como algo a preservar no ambiente atual que se vive, de condicionamento da informação. Há pessoas que nunca colocariam o texto que enviam no seu perfil, quase todos, mas falamos daqueles que não têm etiqueta, bom senso, sem instrumentalização, aqueles que não entendem que não há rusgas sobre quezílias pessoais, mas sobre assuntos que atingem o ilícito, o crime, a perversão do sistema, a governação sectária, o abuso de poder e mau uso dos dinheiros públicos.

- Alguns destratam pessoas e acusam sem enviar provas, vêm descarregar ódios de estimação e não tratar de assuntos do bem comum, com linguagem imprópria. Outros têm um objectivo pessoal de visar constantemente as mesmas instituições e, apesar de não sabermos nada sobre os autores, pela escrita percebemos que são os mesmos. "Salamizar" não é bem aceite em recalcamento de assuntos.

- Alguns não conseguem sair da esfera pessoal e atacar a ação que verdadeiramente é o problema, ou seja, atacam as pessoas e esquecem de tornar o assunto principal bem desenvolvido, para que quem lê perceba o problema e não ache que é alguém contra outro. A política de Assunto - Cargo - Pessoas é acertada, tanto como o anonimato, vendo as perseguições que existem, cada vez mais. Alguns que dizem mal só têm essa opinião porque não caíram em desgraça, mas se dentro do poder já há gente que caiu em si, há cada vez mais hipóteses de chegar a muitos mais.

- Há gente que usa o Chat GPT e há formas de saber quais são esses textos, que não são tolerados porque não são opinião pessoal ou original. Não queremos de novo espertalhões, queremos a opinião genuína da sociedade, se está mal escrito ajudamos na medida do possível.

- Há autores que não percebem a necessidade de defender o site de abusos que depois dão armas àqueles que, todos os dias, nos desejam mal, acusando gratuitamente no Facebook, na Google, cortando o tráfego ou limitando-o. Devemos nos indignar formados no bom senso, abrir precedentes a formatos errados geram o caos, como aquele que se vive na Madeira.

- A moderação serve para evitar aqueles que, mal formados, pessoalizam tudo seu favor ou contra alguém, o que nada tem a ver com o contexto regional ou de figuras públicas que o quiseram ser e são eleitas ou escolhidas para representar ou governar em favor de todos. Aqueles que escrevem de forma a colocar o site em maus lençóis ou caracterizá-lo de alguma forma para depois acusar. O site é livre e tem a imagem de quem escreve, os que não querem participar só não contam por erro seu.

- Existe ainda um tipo de gente que não participa nem quer que os outros participem, desatam a destratar quem escreve para intimidar, menorizar e gozar, sem nunca escrever um texto com a sua opinião. Sentimos que tivemos desistências por isso e mais doloroso ainda, por incapacidade de interpretação ou iliteracia. Nenhum texto é uma verdade absoluta, existe sempre nuances a explorar e a fazer contraditório. Todas as perspetivas são bem vindas para formar a opinião pública. Pessoas que não escrevem e não querem que outros escrevam, normalmente atingiram um bem estar indevido e desejam o marasmo.

- Alguns entendem que devemos ser o contrário do que existe no regime, quando queremos ser iguais para todos. Lamentavelmente uns participam e outros não querem participar nem valorizar. Temos visto mais perseguições ultimamente, será que aprendem? O anonimato não é cobardia, é estratégia quando tudo está dominado pela ditadura camuflada.

- Há gente que se sente ultrapassada pela realidade, não queriam o sucesso do CM que acabou por ter, vivem amargurados a tentar exterminá-lo e não participam. Quanto mais tempo não fizerem contraditório, pior será a situação, mas a opção é desses. Depois não venham dizer que o site tem alguma tendência com aqueles que participam. O site é livre.

A maioria na reunião acha que se deve tornar público o nome das instituições ou lugares de onde tentam a censura ao site, de onde tentam tornar o site um delito de opinião ou intentam que tudo seja difamação, entre outras estratégias de censura. Acham que se deve denunciar os lugares de onde saem as queixas gratuitas, muitas vezes cegamente aceites por redes sociais e ainda as perseguições a temas ou perfis. As empresas de informática e operadoras de internet que têm estratégias políticas em vez de serviço igual para todos.

Nota: há empresas de informática afetas ao poder que quando instalam soluções públicas ou de redes de trabalho, cortam o acesso a determinados sites. Assim como há gente muito bem paga para estar o dia no Governo (até em casa) para sabotar as redes sociais com queixas. Temos uma lista de pessoas que atuam assim. Também é necessário dizer que algumas abandonaram a atitude, pessoas e empresas, e saíram da lista, que como sabem, teve a colaboração dos leitores. Quando cair a ditadura camuflada será hora de tratar que nunca mais regresse...

A moderação não é um ato de censura, trata da boa saúde da mensagem e do site e não nos interessa para nada a polaridade que traz. É livre. A moderação não se dá bem com instrumentalização, pressão e censura. A moderação, já foi informado, segue sempre uma avaliação por pontos que constam num guia e é igual para todos. Quando detetamos algo novo juntamos ao guia. Não se nota que o guia seja limitação, até porque mais nenhum site escreve os temas de forma tão livre, vai do engenho dos que escrevem.

Da reunião também saiu a concordância em manter os avisos no Facebook (razões comuns de não aprovação), tentar recuperar os já publicados e ir adicionando os novos numa publicação em aberto no site para consulta.

Não pode existir censura numa altíssima taxa de aprovação, depois de 8 anos de autores a perceberem a mística. Normalmente acusam os autores sazonais de eleições à porta e os mal formados que querem instrumentalizar o CM.

Houve mais pontos abordados mas foram votados para serem informação interna.

Importante: todos os moderadores têm profissão e família, os pendentes são resolvidos com celeridade dentro desse quadro. Algumas vezes consomem tempo a criar suporte às publicações, outras vezes até vão aos lugares. Os moderadores rodam pendentes entre si para resolver o mais rapidamente possível. O caso mais demorado que tenhamos presente demorou uma semana, valia a pena...

Tivemos ata, e os outros?
Correio da Madeira

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