A saúde é um comboio desgovernado.
D e uma coisa que Pedro Ramos se pode orgulhar, ter transformado o HNM Hospital Nélio Mendonça numa máquina de propaganda digna de um Goebbels. Não foi preciso muito esforço porque a matriz já lá estava, apenas teve de manipular a comunicação social e o MEDIARAM fez o resto. Os jornalistas são cúmplices.
Preocupa a forma como funcionam os pequenos grandes detalhes numa empresa pública que deveria “vender saúde e qualidade de vida”, contudo, mais parece um sítio terminal... de fim de vida. Vamos lá ver se o diretor clínico, que anda “a leste”, se apercebe destas situações subjacentes a estas questões.
Existe algum regulamento que exija que as visitas médicas, lideradas por diretores de serviço, estejam normalizadas e decorram de modo a que toda a equipa conheça quem tem a seu cargo no internamento?
Que se saiba, impera o livre arbítrio e o respectivo laxismo, cada diretor, ao estilo de Albuquerque politico, delega, aparece quando lhe dá na "telha", alguns nem sabem nada de nada e o “Dr. Ninguém” é muitas vezes a quem o utente está entregue; sobra para os enfermeiros, sempre.
Saberá ou sequer se apercebe, das consequências em todo o hospital, no caos das urgências versus o efeito nefasto e catalítico de 230 camas ocupadas por residentes, as tais altas problemáticas?
O caos nas urgências e a falta de camas nos serviços, conduz a uma sobrecarga dos profissionais e a um aumento da negligência médica. Conduz a uma sobrecarga dos médicos de medicina interna, presentes e aos quais se exige que acompanhem outros utentes, em outros serviços, em todo o hospital, enquanto os que estão de prevenção em casa, fora do hospital, lhes pedem colaboração, isto é gozar com quem trabalha!
Dos enfermeiros e dos Assistentes Operacionais nem se fala, quando num universo de macas espalhadas por corredores perdem a noção de quem é quem, e o que lá fazem! CAOS!
No caos, no tudo ao monte e fé em Deus, as infecções oportunistas galgam terreno.
Vão gastar mais 2M€ em obras na urgência!!! Para quê? Vão se expandir para o edifício da farmácia? É só obras para os amigos, mais confusão junto com a confusão e mantém-se a desorganização e a falta de tudo?
- Porque será, Sr. Diretor Clinico e respetivo Presidente do Conselho de Administração que não existem altas problemáticas nos hospitais privados?
- Que medidas pensa adaptar e propor, e até agora propôs zero, se das 600 camas do HNM e a este ritmo está quase, ficar com 500 ocupadas com altas problemáticas?
- Explique porque razão os servicos sociais do SESARAM neste particular, quase nada de nada fazem? A lei é clara, os procedimentos legais face a gente abandonada na porta do HNM.
- Explique porque razão que os utentes que vão à urgência, e mesmo os que estão internados após a alta, recebem a continha de quanto deram de despesa? Porque não manda a continha aos familiares e respectivos responsáveis sobre quanto custa o utente em alta problemática ao SESARAM?
- Porque toleram o despesismo quando se adiam altas, porque “hoje não dá jeito”?
- Porque é que o setor público tem de aguentar as transferências do privado “que deram para o torto”?
- Porque se tolera que adiem situações intoleráveis e que agravam prognósticos?
- Porque se autorizam exames em cima de exames sem ninguém que verifique a sua necessidade…?
Mais umas coisitas.
Vejamos, a direcção clínica apercebem-se de quantos vão ao hospital apenas assinar o ponto, ganhar um acréscimo salarial com prevenções e programas especiais de recuperação, mas que não recuperam nada com as horas extra que nada resolvem?
No laxismo ninguém controla ninguém, porque todos têm telhados de vidro e ninguém pode exigir ser melhor ou fazer cumprir, aquilo que nunca cumpriu. Agora, quem é convidado para gerir e administrar, ganhando uma direcção porque subiu na carreira, e isso até paga mais uns cobres valentes no fim do mês, aceita e fica “gozando o laxismo”?! Alguém toma conta do barco ao sabor do vento?
Mas como se admite ainda que se internem doentes em serviços de especialidade, por médicos de medicina interna, a pedido do colega que está de prevenção, que é pago para precisamente vir ao hospital observar e determinar a necessidade de internamento? É laxismo ou livre arbítrio, ou simplesmente falta de vergonha na cara?
A realidade, simplesmente ninguém tem mão em ninguém, desde que se fale de equipes médicas, onde todos querem marcar golos e todos fazem o que lhes dá na telha. Isto chama–se também, além de desorganização, caos, que alimenta toda a confusão que é o circo SESARAM sob a batuta de Pedrinho político e o diretor de marketing eleitoralista. Todos mal servidos mas alguns com altos rendimentos.
Quando alguém fala em reformular o SRS/RAM nem sabe do que fala, quando o que faz falta é fundar de novo. Despolitizar o HNM é urgente, para política que fique só o eleito secretário da saúde (ser nomeado sem ser eleito é outra conversa).
A Madeira é um bailinho, os madeirenses gostam de sofrer.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 7 de Janeiro de 2025
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.