A situação do Presidente do Governo Regional da Madeira se recandidatar enquanto enfrenta oito acusações da Justiça, usufruindo da imunidade parlamentar, levanta sérias questões éticas e democráticas. Mas o problema é que não se ficou por aqui e leva avante por novas atitudes reprováveis o seu plano de afastar democratas e subjugar o povo. Há muita gente a fazer de conta que não se passa nada, como há gente de bem para isto?
O PSD ao longo de 50 anos normalizou muita barbaridade e os madeirenses aceita.
A imunidade parlamentar existe para proteger o exercício legítimo do mandato, não para fugir da Justiça. Se um político usa esse privilégio para evitar responder a acusações, isso enfraquece a confiança nas instituições. É interessante ver que muitos aceitam este chico-espertismo como um ato superior e valorizam. Não notam que têm um presidente fugitivo ou também fingem que nada se passa?
Candidatar-se sob suspeitas graves é uma tentativa de manter o poder a qualquer custo, desconsiderando a necessidade de prestar contas à Justiça e à população. Não há outra leitura, narrativas pode haver muitas, são mentiras e ilusões.
A perceção pública e a presunção de inocência, reparem, independentemente da culpa ou inocência, a recandidatura nessas condições gera desconfiança e passa uma mensagem negativa sobre integridade na política. Infelizmente faz-se e passam-se coisas na Madeira que só em África, é uma desonra o uso da democracia para não deixar o cargo e obstaculizar a justiça.
Por estes dias e os outros que se seguem, o pão e circo virá com toda a força, haverá promessas e fingimentos, os jornais trabalharão para isso. O que deve o eleitor fazer? Se ainda não está, procure informar-se sobre as acusações que recaem sobre Albuquerque e restante governo. Não leia, interprete a gravidade de cada acusação. Deve compreender a gravidade e quantidade dos processos e verificar fontes confiáveis. A quantidade e diversidade conta, é uma forma de estar.
Mesmo que legalmente possa concorrer, um político sob múltiplas acusações deve merecer um julgamento crítico do eleitor. Avaliar a conduta do candidato, porque é isso que ele quer em seu favor, para depois usar. O seu voto é importante.
Já não é tempo de exigir responsabilidade, ou pressionar por transparência e esclarecimentos antes de decidir o voto. Já estamos no julgamento popular por sufrágio universal. Reflita sobre alternativas, se a ética e a confiança são factores importantes para si e considerar apoiar candidatos com um histórico limpo e compromisso com a transparência. Julgo que foram 50 anos do mesmo que nos trouxeram a este descalabro, a soberba, o controlo, o descaramento cada vez maior.
A democracia depende de eleitores informados e críticos. Se uma figura pública usa a imunidade para evitar a Justiça, a resposta mais poderosa está no voto. Repare que querem fazer de si um juiz alternativo que favoreça o sistema. É uma oportunidade única de fazer do voto um dos pilares da democracia.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
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