O agora Opina Madeira, na sequência do CM, é um fenómeno de comunicação curioso, ninguém lê, mas tudo sabe, ninguém escreve mas corrobora. Falha umas horas e é um sururu. Vai-me permitir dizer umas coisas que em circunstância alguma poderia abordar. Não vou abusar, descansem os moderadores da plataforma. Vou dizer factos comprováveis.
Vi duas publicações acerca do Bloco de Esquerda, uma a acusar irrelevância (link) e outra a corroborar, venho fazer considerações para observarem a injustiça do que dizem e de como estão a ser manipulados pela imprensa. Claramente. Não sou do Bloco de Esquerda mas orbitou numa área que me dá a possibilidade de observar e tirar ilações.
O Bloco de Esquerda é irrelevante? Não é! Mas querem que o seja! Da direita e da esquerda. Se quem me lê acompanha notícias sabe que neste ano a UMAR de mãe e filha, tiveram destaques de duas páginas no JM e DN, mas a folia prossegue em exclusivo na TV e no Madeira Viva. Todos estes órgãos de informação têm uma agenda que roda em favor do sistema. Se repararem, as duas personagens estão homologadas para falar, ilação minha, talvez porque recebem subsídios para o desempenho da associação. É uma garantia do sistema que não vão hostilizar porque depois sabem que o PSD é vingativo como o Trump da América, e não recebem o subsídio...
O problema é que esta atividade condiciona o Bloco de Esquerda, que pouca cobertura tem da comunicação social local, porque não recebe subsídio e porque se confunde com as duas personagens. Parece que a comunicação social se sente aliviada divergindo o "tempo de antena" maquiavelicamente, porque uns procuram o subsídio, enquanto eleitos do BE nunca vão acompanhar o Dr. Albuquerque nas aventuras pelo beco sem saída.
Mas quem fala do Bloco de Esquerda, enquanto lesado, também fala de outras associações da mesma índole que a UMAR, que nunca são tidas ou achadas para nada, que atendem telefones, que prestam contas com relatórios e sabe-se para que serve o dinheiro, de gente eficaz que não procuram loucamente o protagonismo como forma de absorver e viciar os órgãos de comunicação social no "porta-voz" daquela área.
Não me parece que seja só a direita que está na Indústria dos Pobrezinhos, a Esquerda Caviar equipara-se, até a tomar chazinho. É interessante perceber que este tipo de Esquerda fica tão aflita como os dependentes do PSD antes de qualquer eleição, como que a tentar garantir uma folga orçamental para todo e qualquer quadro político que resulte de 23 de março. Se pensarem bem isto é caricato, duas forças opostas no mesmo partido. Penso que Governo e Câmara são pouco exigentes nos resultados, talvez porque também eles brincam com números e estatísticas.
Eu olho para a nossa sociedade e retiro o pensamento de que as estruturas são muito pesadas e onerosas para aquilo que se propõem, ou seja, o motivo é mais para dar emprego e rendimento a muitos em vez de auxiliar, porque os problemas aumentam. Há ineficácia ou consumo indevido dos recursos, onde estão os resultados e o foco na origem do problema?
Quando vejo tanto protagonismo gratuito, numa terra de informação e meios dos mesmos totalmente controlados, significa que estão homologados pelo sistema, resta saber o porquê, se pelo subsídio-garantia ou outras razões. Infelizmente, a nossa Segurança Social está a fatiar e privatizar para controlar mas se desculpabilizar, no entanto, os necessitados não veem a ajudar a chegar na amplitude do problema em muitas áreas, um Governo de incompetentes apoiado em outsourcing usado para calar mais bocas.
Só um idiota vai para a política se consegue ser Esquerda Caviar desta maneira, assim sem contraditório é um regalo.
Termino, sobre a irrelevância do Bloco de Esquerda, teriam a mesma opinião se neste ano o partido tivesse a oportunidade de duas páginas no JM, outras duas páginas no DN, um programa de TV exclusivo e uma participação no Madeira Viva?
Vai das vontades. O Bloco está tapado pelos seus de forma engenhosa pelo sistema e pelo jornalismo. Deram-se conta? O sistema é muito mais do que o PSD, é uma zona de conforto que chega para todos, e isso explica os resultados eleitorais durante 50 anos.
Isto foi uma opinião, uma análise, um entendimento do que se vê. A Madeira precisa de dar uma grande volta e retirar do ostracismo quem aguenta tudo isto fora das luzes da ribalta.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
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