11/04/2025, 08:55:42
Já é certo que José Manuel Rodrigues irá ter a pasta da economia. A ordem dos economistas, aqueles que pagam cotas não têm nada a dizer? Dizemos aos nossos filhos: estuda, tira um curso, pode ser que depois arranjas um bom trabalho. Muitos vão para a universidade, passam por muito para conseguirem pagar o curso e fazer as cadeiras e não conseguem trabalho na área, indo para a construção ou para os supermercados. Aquele não tem curso nenhum e chega a secretário. Que exemplo é este para a sociedade? É o exemplo do "se fores como as p..., vais longe". "Se lamberes o c. às pessoas certas também chegas lá". Ao que chegámos!
11/04/2025, 11:29:43 O sofá não é para todos
Desta vez, a maré levou o Elmano Freitas para o sofá. Um nadador e treinador com mérito, sem dúvida, homenageado pelos seus atletas, com frases motivacionais como “a terra é de quem trabalha”. Bonito. Mas mais bonito ainda é ver como o sistema lhe reservou lugar cativo na narrativa oficial. Porque o problema não é o convidado, é o padrão. O guião está gasto: só se conversa com quem já tem o crachá, o cargo, a moldura. A figura que encaixa. Alguém se lembra que foi este mesmo senhor quem, há anos, treinou um nadador olímpico que acabou por cair no sistema prisional, saiu, estudou, foi pai, voltou a treinar e ainda sonhava com os Jogos de Sydney? Pois. Essa parte não cabe no sofá. Não encaixa na narrativa de postal. A recuperação de um atleta depois da prisão, o esforço humano de se reerguer ao lado de um treinador que acreditou, isso sim era uma conversa digna. Mas não. Enterrou-se no silêncio conveniente. Porque há histórias que não rendem "likes", nem votos. Na Madeira, a promoção cultural e desportiva às vezes parece mais um condomínio fechado do que um espaço público. Tem porteiro, lista de convidados e até videovigilância. Só entra quem sorri certo e agradece no fim. Enquanto isso, artistas e atletas fora do radar continuam a treinar, a criar e a resistir, invisíveis. Miúdos que aprendem a nadar em clubes sem holofotes, músicos que não passam da porta da hotelaria, escritores que concorrem a prémios sem ter onde apresentar um livro. O mister até pode até dizer que o foco é a formação, e ainda bem. Mas o sistema onde ele circula prefere formar personagens para o palco, e não vozes para o mundo. A terra é de quem trabalha? Talvez. Mas o palco, pelos vistos, é de quem convém.
11/04/2025, 13:17:19
Pela primeira vez senti o estigma. Fui em formação para o continente, os colegas trataram-me bem mas estiveram sempre a me picar, é como se fosse colega, e é preciso se dar bem, mas sou madeirense. Perguntaram-me com quem estava feito, qual era o segredo, porque se fosse bom também queriam pertencer à máfia. Claro que isto é a propósito das eleições. Não quisemos a autonomia para governar melhor esta parcela de Portugal, ela foi tomada por meia dúzia para lucro pessoal e matam a democracia. De fora acham que compram toda a gente. Vai ser muito difícil haver regionalização no continente porque é plantar máfias. Sinto a Madeira isolada.
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