Q uero dar os parabéns ao JM que, dentro das suas limitações, vai fazendo pela vida, ainda assim, o único meio que desmascara o mau secretário do Turismo que temos é a plataforma de opinião pública, o DN está com o "rabo preso" a publicidades e amizades. Estamos a chegar ao clímax impossível de disfarçar, meteram demasiados carros na Madeira para a rede viária que temos e a exiguidade das dos locais turísticos, é por isso que se fala em overtourism. Deixem de ouvir as teorias do Eduardo Jesus.
Tem toda a lógica um desfile de clássicos na fetsa da Flor, é que substituímos as flores por carros, literalmente. A ilha tornou-se um parque de estacionamento turístico. Na Madeira, já não se conta o número de rent-a-cars, + 170 x 800 ?. É como cogumelos depois da chuva brotam em cada esquina aos mesmo ritmo do alojamento local, ocupam ruas inteiras, enchem antigos quintais, garagens improvisadas, etc. Num território insular, com estradas estreitas, curvas apertadas e urbanismos de topografia delicada, isto tem um nome: colapso!
Acabou o sossego em TODA a ilha! Até mesmo aqueles que amam o turismo vão se sentir esmagados. Mais carros, logicamente temos congestionamentos em série. Não me digam que eles entenderam de parar todos no mesmo lugar à mesma hora, histórias da carochinha de Eduardo Jesus, aquele é melhor ter turismo do que não ter, do Miguel Albuquerque, também é outra pérola redundante. Não só no Funchal, mas também em sítios onde antes só se ouvia o som das levadas e dos passarinhos. Agora, é um corrupio constante de carros de aluguer, muitos conduzidos por quem nunca enfrentou uma rampa madeirense ou leu uma placa em português. Muito principiante de estradas da Madeira ...
Os parques estão lotados. As zonas residenciais, invadidas. As estradas regionais transformadas em filas lentas, com travagens bruscas, manobras arriscadas e GPSs baralhados. A ilha, que se vendia como paraíso de natureza e tranquilidade, está a sufocar com o peso de um modelo turístico mal planeado e cada vez mais motorizado.
É o turismo que traz dinheiro? Sim. Mas o turismo que engarrafa as estradas, torna os percursos inseguros e empurra os residentes para fora dos seus bairros, esse sai caro, sobretudo aos madeirenses. E ninguém parece querer discutir o limite. Ainda há margem! Bando de loucos! Enquanto as águas residuais vão discretamente para as ETARs, os rent-a-cars continuam à vista de todos, como um sintoma de um excesso que já ninguém esconde, mas que poucos ousam travar. Abriram o precedente sem estudos, os amigos não recuam e o Governo é prisioneiro dos seus erros.
Como em todos os impasses, tem que acontecer algo muito grave para alguém meter mãos a moderar isto. Entretanto, o madeirense para não se aborrecer deixa de passar na sua terra porque deixou de haver espaço e tranquilidade para ele. Os senhorios que despejam inquilinos não aparecem nas selfies dos turistas, mas os apartamentos turísticos estão em cada esquina. As trilhas desfeitas não aparecem no TripAdvisor, mas as filas para o nascer ou pôr do sol já são atrações à parte. As levadas continuam a correr, mas é o congestionamento de rent-a-cars que leva tudo à frente. O silêncio dos espaços contemplativos perdeu-se, mas os gritos das visitas guiadas ecoam em todas elas.
Para deixar uma "palavra de esperança" ... vamos ter disto por mais 4 anos, sempre a viciar mais gananciosos para não haver marcha atrás. Ninguém planeou, encheram para os amigos ganharem dinheiro. Toda a equipa dos mandatos do Eduardo Jesus mataram quase tudo no nosso turismo, para quem tiver olhos na cara. Talvez seja bom despachá-lo como candidato à CMF pelo PSD.
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