Chinesices e o Corte Inlgês


P ode ser sinónimo de quinquilharia, geringonças e caranguejolas, os produtos e a gestão chinesa, mas funciona, na base de um país e dois sistemas, que sobretudo porque não aceita o dos outros, na sua terra. E entenda quem quiser. A arrecadação de impostos desceu na Madeira? O Alberto João meteu-se com eles, depois, depauperado como sempre deixa as contas, aquela fundação que nunca se soube o que fazia ao certo, teve de arrendar o espaço ex-libris do PSD-M, o CEMA, uma sala de congressos e armazém para de vez em quando... aos chineses. Está lá, roupa por cima, artigos para o lar no armazém.

Chinês tem a "virtude" do progresso da mesma forma como o PSD-M ganha eleições, é um dinheiro que em quaisquer condições rende mais do que os outros. E, essa vantagem vai comprando e progredindo, com um ocidente impávido e sereno sobre um crescimento sem regras, que inventa copiando, mas que agora já tem pernas para andar. Assim, devagarinho, tomarão conta do mundo, de novo como o PSD-M faz, mas em ponto grande, com a sua oligarquia. Podem estar certos, vivam muitos anos, que a economia da Madeira será chinesa, até temos um secretário da economia capaz, quando os glutões, avarentos, mercenários, exploradores, monopolistas e etc, baterem com as botas e os filhos estiverem mais interessados nos prazeres da vida, atrás, à frente, sobre rodas e etc. Talvez tenha sido injusto com o secretário da economia, temos um letrado económico no Turismo tão inchado e sem políticas que o da economia fazia melhor do que ele.

A propósito dos chineses ocuparem um edifício nobre da cidade, no Aljube, é um exemplo de como comércio e serviços de referência não se chegam à frente na Madeira, pelo regime e pela dimensão. Cada um tem o que merece, mais um episódio LIDL... não por favor, as marcas não compram vexames e a dimensão não vale a pena, mesmo expulsos todos os madeirenses e os que ficarem sejam todos técnicos especialistas e assessores, recheando a ilha de ricos no resort dos ausentes, mais interessados em jogos de especulação e fundos que pagam aos acionistas, mas que vivem longe, onde há Avenidas da Liberdade recheadas de bens para pavões... ufa, no way.

Alguns alvitram seu subconsciente, a projeção da Madeira do PSD-M, mas Corte Inglês algum vem para o Bazar do Povo, não tem absolutamente nada para ser hipótese. Há muita gente com as manias de pequena grandeza local que não faz ideia.

Para o El Corte Inglés (ECI) se instalar numa localidade, há vários fatores estratégicos, económicos e logísticos a satisfazer, alguns tornam-se anedota no Funchal. O grupo espanhol opera grandes armazéns de luxo e precisa de condições muito específicas para justificar o investimento. A Madeira não as tem, o El Corte Inglés só está presente em Lisboa e Vila Nova de Gaia (Grande Porto), duas áreas com: alta densidade populacional (não temos), bons acessos (lol, o Funchal?), poder de compra elevado (talvez com o GR a pontapear madeirenses e a trocá-los por ricos, e eles votam!), turismo constante, humm, aqui o Eduardo Inchado trabalha bem, mas são turistas de alojamento em rent-a-car e tenda, à força de low costs. Virão de novo com a teoria de que é um turismo que sabe gastar o dinheiro? Então vêm de low cost para ir ao El Corte Inglês? Ou ao chinês?

Um El Corte Inglés precisa de dimensão, com um certo perfil da população, geralmente mais de 200.000 habitantes na área de influência direta, mas com rendimento médio da população acima da média nacional, o que pode ser compensado pelos ricos do Albuquerque e imobiliárias, se permanecerem cá, ou as manobras das Estatísticas a derramar o CINM. E ainda, esta é de se mijar a rir... presença de classe média e média-alta com hábitos de consumo estáveis. Só com os do Governo, fretistas, assessores e demais mixórdia, para além dos ricos de passagem?

A localização também é importante e nunca seria no Funchal portanto a exigência rebenta com tudo, o Funchal é uma vila, a Madeira é do tamanho de alguns concelhos no continente, um Presidente da Câmara era suficiente para gerir a Madeira. Mas avançando, a localização tem que ser estratégica, urbanas ou metropolitanas com bom acesso rodoviário e transporte público, lá por isso o Albuquerque faz um túnel especial como o do Dubai regional. Proximidade de zonas comerciais e de serviços já consolidadas (o Funchal não tem nicho) é outra exigência. Alta visibilidade e acessibilidade, idealmente em centros urbanos ou junto a centros comerciais. De raiz, fora do Funchal, num edifício novo com vários pisos, talvez, mas a dimensão não tem poder de compra. Até parece vingança do povão, não pagas bem, vai a Lisboa com o subsídio de mobilidade para ricos.

Um El Corte Inglês ocupa normalmente 10.000 a 60.000 m², com capacidade para instalar parques de estacionamento próprios. O parque do Calado nas catacumbas do Largo do Município era para um hotel de um oligarca, para enfiar ren-a-cars, não para El Corte Inglês. Mas e ainda, outro edifício grande ou no mesmo local para ligações logísticas e transporte de mercadorias. Eles não aturam o Sousa, é como o LIDL.

Aqui é que a porca torce o rabo, na capacidade de investimento com retorno, não são investimentos à Governo Regional. Fazem estudos de viabilidade onde se prove a necessidade de potencial de vendas elevadas e rentabilidade a médio/longo prazo. Concorrência limitada ou possibilidade de se impor como referência. Apoios locais (como benefícios fiscais ou colaboração com câmaras municipais) podem pesar. Na Madeira um mamão quererá ser sócio para viabilizar e dá um Lidl, a burocracia enfrentará a "imobiliária e construção" que quer tudo, enfrentando os vereadores amestrados.

Para terem uma ideia, e aqui vocês vão arrebitar para depois cair na realidade, na avaliação da presença de concorrência direta como grandes centros comerciais, FNAC, MediaMarkt, Zara, etc. Mas, a Fnac não vai embora? Atenção que a FNAC é um piso, El Corte Inglês são vários, tal como são os casos de MediaMarkt e Zara, Corte Inglês é um piso para cada, mas também não temos na Madeira, por exemplo, as Zara's das grandes cidades.

O grupo ECI estuda sobre hábitos de consumo locais e sectores mais fortes como moda, tecnologia, alimentação gourmet, etc, não temos dimensão nos hábitos de consumo que o El Corte Inglês procura.

O turismo é de facto relevante para o El Corte Inglés, cidades com forte afluxo turístico têm mais atratividade, mas ainda não é este turismo do Eduardo Jesus, era o do João Carlos Abreu muito com mais gente.

Só de aumentarem em mais 7 pisos o CEMA enquanto está este vereador no Funchal...

Não vão atrás do que vos pintam, incham o madeirense para se sentir o maior no mundo, para crescer é preciso ter consciência disso e saber crescer. Nunca será com patos bravos.

Enviar um comentário

0 Comentários