"É importante a JSD não cristalizar"


P odia ser uma farpa de opositores de Bruno Melim, na JSD e no PSD. Mas não. A frase saiu ironicamente da boca do próprio, que critica exatamente aquilo que faz, cristalizar-se no poder, numa entrevista ao DN.

A JSD prepara-se para ter a liderança mais longa da sua história. Eleito em 2018, ainda a tirar o curso em Lisboa, com mais um ano do que era suposto neste mandato porque se recusou a ir eleições, e com vontade de esticar a liderança pelo menos até 2027.

Se entretanto não alterar os estatutos em 2027, como chegou a pensar para este congresso, alargar a militância até aos 35 anos. É o aumento da esperança média de vida e a emancipação tardia, justifica.

A JSD é hoje o albergue de quem tomou de assalto um lugar no PSD, e ensaia um modelo a replicar mais à frente no próprio PSD, com a conivência e cumplicidade de todos os jotinhas que ao longos dos últimos o alimentaram, na sua ânsia de poder. Muitos deles, encarregou-se o karma, já devorados pelo próprio rolo compressor que criaram. A vida encarrega-se de fazer as suas justiças.

O texto sobre o "Meteórico voo do Xavelha" é o reflexo da politica de Frankenstein. As palmadinhas pela frente ao seu companheiro de JSD contrastam com as criticas que o próprio tem feito ao seu parceiro de Comissão Politica no programa da RTP. Um presente envenenado. "Não estava preparado, mas vai melhorar", diz em tom de líder condescendente. 

"A voz crítica e ativa no PSD" é apenas o título que vende bem nos jornais. Tipicamente da classe politica dos chavões e dos políticos situacionistas.

De resto nada de novo num congresso da JSD onde da juventude se esperava um olhar para o futuro. Mantém-se tudo igual. Falta ideias e propostas. O carreirismo político é o único critério. A classe politica do futuro será de um nível cada vez mais baixo. O horizonte é negro. Estamos entregues a jotinhas que nunca fizeram nada da vida.

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