Depois das lavandarias públicas, chegaram os estendais (leve escada).


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T enho casa com vista para fios e por trás está a baía do Funchal, vejo o Funchal portanto com uns riscos em cima. Não sei se quer dizer alguma coisa, mas é o que vejo. A piada vai ser quando alguém que pagou um milhão pela casa começar a barafustar pelo standard do estrangeiro da Europa civilizada. É de apostar em americanos, eles também gostam de fios, é o que se vê naquele terceiro-mundo ganancioso (minha querida Europa). Os fios poderiam ir em caleiras por baixo da estrada, mas a malta está para ganhar dinheiro fácil.

São estendais, só falta a roupa, ou então um helicóptero em salvamento de turistas. Antigamente é que o Rocha do Silvado tinha medo, agora não. Que dia aquele em que o madeirense descobriu que os helicópteros conseguiam voar na Madeira, mas não com cada vez mais "estendais".

A Madeira vende paisagem, e nela assistimos continuamente à afixação de "estendais", não há ideias que protejam e respeitem a paisagem? O que está a ser montado nunca mais sairá, depois os fotógrafos do Turismo que se chateiem ou manipulem com AI.

Esta situação prova que nos estamos a adaptar a um turismo lúdico, de parque temático, que por muito que disfarcem vai deixar cada vez menos dinheiro.

Não sou engenheiro da paisagem, não sou fotógrafo, não sou Velho do Restelo, mas tenho dois olhos na cara. Estimo e tenho saudades do bom turismo que tínhamos e quando os ouvia passar era aprazível. Agora tenho repulsa para o que significa, moldaram o nosso bem estar para pior. Tudo é pior e mais caro, para além de nos terem "roubado" a ilha. Sou simplesmente um funchalense com uns fios à frente.

Ainda dou para escrever estes texto, estou quase a ficar "desimportado" ... eu vou para a "terra", que se f**** as gerações futuras se não têm juízo.

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