O negócio da imunidade parlamentar.


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S oubemos que 25 dos 58 deputados do Chega têm problemas com a Justiça. O André Ventura vai demitir os 25 para poder falar de boca cheia ou vai mantê-los? Como seria o Chega no Governo a escolher gente assim? Pior do que os partidos tradicionais? Quem financia o Chega não será a clientela do Chega num governo?

Também sabemos que as situações negativas do Chega não demovem o seu eleitorado, são do género Bolsonaristas (e deve havê-los a votar) e Trumpistas, mas, e com que cara vão acusar os outros? São sérias questões sobre a coerência entre o discurso e a prática política do partido. Então o Chega apresenta-se como defensor da moralização da vida pública e do combate à corrupção, e agora vê confrontado com um número significativo de deputados associados a casos que vão desde dívidas e difamação até investigações por crimes mais graves?

Qual o partido com pior situação do que esta? Não existe, só o Chega. É este o partido do protesto. Cuidado no que se metem. Joguem na democracia e esqueçam a verborreia "chegana".

Para acabar em gozo, é preciso dizer que apesar destas controvérsias, o Chega propôs recentemente a criação de uma subcomissão de integridade e ética no parlamento, com o objetivo de afastar deputados suspeitos de crimes, mesmo antes de serem condenados pela Justiça. Sempre vai avante para aplicar ao Chega? Veremos! E vão trabalhar em causa própria?

O Chega está em estado de graça, mas é bom que o seu eleitorado ponha a mão na consciência. Não tem coerência para o combate à corrupção, aliás até Montenegro falou disso na noite eleitoral, mas depois de dizer que o PSD ia expurgar as suas listas, anda com o Albuquerque a reboque. 

Afinal o voto de protesto é uma peça de teatro. Ainda está para nascer o partido limpo que possa falar. Os partidos estão a imunizar gente pouco recomendável para a vida pública. Tantos procuram como Albuquerque o refúgio imune à Justiça através da democracia, que perversão!

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