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Automutilação |
Sou um socialista com juízo, não praticante, que vai escrever sobre outro partido para que o meu abra os olhos.
É lamentável observar como o jornalismo na Madeira, ao invés de cumprir seu papel fiscalizador, parece estar curvado aos interesses do poder, especialmente quando a cobertura noticiosa ignora seletivamente certas realidades.
Existe seletividade noticiosa e o desequilíbrio na cobertura
É notório que o JPP (Juntos Pelo Povo) em Santa Cruz recebe uma atenção mediática desproporcional, muitas vezes com uma lupa crítica, o que seria esperado de um jornalismo vigilante. No entanto, essa mesma vigilância parece desaparecer misteriosamente quando se trata de municípios governados pelo PSD (Partido Social Democrata). O silêncio em torno de São Vicente e Ribeira Brava, onde a gestão do PSD também deveria ser escrutinada, levanta sérias questões sobre a isenção do jornalismo madeirense.
Esta seletividade não é apenas um descuido; ela é uma escolha editorial que mina a confiança do público e distorce a percepção da realidade política. Ao focar apenas nas ações e nos problemas de um partido ou concelho, enquanto ignora outros, cria-se uma narrativa desequilibrada que favorece claramente uma das partes.
É por isso que toda a comunicação social pertence a oligarcas do PSD e subsidiados pelo GR. Esta lupa jornalística é a mesma que ignorou os conteúdos das acusações judiciais com origem nas rusgas efectuadas na Madeira e ao conteúdo das acusações, um dos proprietários de JM e DN e ainda os Governantes passaram ao lado desta lupa para que o povo fosse informado.
O jornalismo na Madeira é uma ferramenta política, e vemos que funciona.
Quando o jornalismo se abstém de questionar e de investigar todos os lados da política, ele deixa de ser um pilar da democracia e transforma-se numa ferramenta de propaganda. A ausência de reportagens investigativas sobre os concelhos governados pelo PSD, em contraste com a atenção dada a Santa Cruz, sugere que o objetivo não é informar, mas sim moldar a opinião pública em favor de um determinado partido político.
É imperativo que o jornalismo na Madeira se liberte dessas amarras e assuma a sua verdadeira função: ser a voz do povo, fiscalizar todos os poderes e apresentar uma cobertura justa e imparcial. A democracia na região depende de um jornalismo livre e independente, capaz de questionar, investigar e informar sem medo nem favoritismo.
Para garantir uma informação verdadeiramente plural e crítica, é fundamental que os cidadãos da Madeira exijam mais dos seus órgãos de comunicação social. Só assim será possível construir um ambiente mediático que sirva aos interesses da comunidade e não aos dos partidos políticos.
Quanto ao meu partido e alguns dos seus militantes, são incapazes de ver que já foram alvo deste jornalismo tendencioso, que os arruinou, e que se quiserem ser poder, terão de ser confiáveis e coligáveis. Caso contrário, tal como os jornalistas estão a trabalhar para o PSD-M. Afinal não é do o CP o mais social democrata dos socialistas. A atitude do meu PS-M é de se cimentar na oposição, mas alguns dos seus mais destacados, fazem uma vida como se fosse social democratas bem encostados ao poder.
O PS-M, se continua assim numa automutilação e a transportar as suas brigas para fora, vai se esvaziar cada vez mais em favor do JPP e do Chega. Partidos que fazem oposição, estão mais esclarecidos e são práticos.
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