O medo da ascensão alheia


A explicação oculta para a derrota?

P or razões de segurança e para evitar represálias, opto pelo anonimato nesta exposição. Contudo, a seriedade da questão que trago a público exige que as minhas palavras sejam ouvidas e consideradas com a devida atenção. O revés eleitoral que o meu projeto político socialista sofreu no meu concelho tem uma raiz clara, ainda que raramente admitida: a inveja.

Sou um defensor convicto do Estado Social e a minha visão para o nosso concelho passa por incluir todos, dos mais vulneráveis aos mais abastados. É inegável, contudo, que a minha prioridade se volta para aqueles que mais necessitam do apoio da comunidade. Esta premissa, tão fundamental quanto delicada, assemelha-se muitas vezes a caminhar numa corda bamba social, onde as expectativas paradoxais de aceitação se manifestam de forma irónica. Somos incentivados à autenticidade, mas dentro de limites estritamente definidos por uma sociedade que tolera a rebeldia apenas sob curadoria. Uma realidade simultaneamente cómica e sombria. A velha armadilha social: 'Seja você mesmo, desde que a nossa definição o permita'. Perante tal absurdo, resta-nos, por vezes, um riso amargo.

No meu concelho, a diminuição da votação no meu partido político deveu-se, inequivocamente, a uma inveja mesquinha, alimentada pelo receio da minha ascensão política. Na minha terra, o eleitorado desviou o seu voto do nosso projeto por um sentimento corrosivo: o medo e a inveja de me ver progredir na vida política. Lamentavelmente, no meu município, o meu partido político obteve menos sufrágios, impulsionado pelo ciúme paralisante que a minha trajetória ascendente despertou. Em suma: menor votação por inveja e pelo receio do meu crescimento político. Lá no meu burgo, a abstenção ou o voto noutras opções teve como motor a inveja, o temor de que eu alcançasse posições de maior influência.

É curioso como a inveja parece possuir um radar seletivo para os próprios invejosos. A atitude de alguns concidadãos, ao negarem o seu voto ao meu partido para, implicitamente, me impedir de avançar, atinge o patamar do ridículo. Uma manifestação deveras patética desse afeto turvo que tolda o discernimento.

Acusam-me de indolência, de não querer trabalhar. Contudo, quando procuro servir a minha comunidade através da política, deparo-me com a barreira da inveja. Não sou, portanto, um ocioso. São outros que, consumidos pelo receio do meu potencial, me negam a oportunidade de contribuir. Sabem da minha seriedade, da minha integridade. Quando me empenho numa causa pública, não tolero leviandades nem ambiciono o alheio. Prezo a organização, a clareza e a transparência. A minha intenção é confrontar a corrupção e expor as práticas obscuras que, infelizmente, persistem no nosso concelho. Quero pôr termo aos privilégios injustificados de certos empresários, que se habituaram a usufruir de um sistema viciado. A minha prioridade é criar um ambiente de igualdade de oportunidades, onde a atribuição de tarefas seja justa e transparente.

Esta recusa em apoiar o meu projeto, na sua vacuidade, é um triste reflexo dessa condição humana. É fascinante observar como a inveja projeta as suas sombras, revelando mais sobre quem a sente do que sobre o seu alvo. Um exercício de projeção, no mínimo, caricato. A inveja: um exclusivo dos invejosos, pelos vistos. Um monumento ao ridículo.

No meu concelho, a diminuição da votação no meu partido político deveu-se, inequivocamente, à inveja mesquinha, motivada pelo receio da minha ascensão política. Na minha terra, as pessoas votaram menos no meu partido por pura inveja, com medo e inveja de me ver crescer na política. Lamentavelmente, no meu município, o meu partido político obteve menos sufrágios, impulsionado pelo corrosivo sentimento da inveja, um temor paralisante face à minha progressão na esfera política. Concelho: menor votação no meu partido por inveja e medo do meu crescimento político. Lá no meu burgo, votaram menos no meu partido, a culpa foi da inveja, tinham medo que eu subisse na política, invejosos!

Sim, dirijo-me a vós, os que permitiram que a inveja toldasse o vosso julgamento! Vós, que receiam a minha capacidade e o meu empenho! Vós, que preferem a estagnação à possibilidade de um futuro mais justo e transparente! Tendes inveja da minha determinação, da minha inteligência, da qualidade do meu trabalho! E sim, ambiciono o ordenado que o Estado justamente paga àqueles que se dedicam à causa pública. Não por necessidade, mas por direito! E podem ter a certeza: irei alcançar os meus objetivos. Não sou um malandro; sou alguém que anseia por servir a sua comunidade com seriedade e integridade. E a vossa inveja mesquinha não será um obstáculo intransponível!

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