70 Músicos!

C onstituir uma nova orquestra não é tarefa fácil. Se for em Londres então é uma grande aventura, no que diz respeito a regulamentação, normas, diretivas, convénios, direitos de autor e tudo o que tem de obrigatoriamente estar dentro da Lei inglesa, agora que o Reino Unido está recentrado no seu canto e nacionalismo.

A Nova Philarmonia é uma orquestra composta por 70 músicos, estudantes e já concertistas, oriundos de diversas regiões de Portugal e outros países. Nas suas páginas, em busca na internet, podemos ler o seguinte:

«A Nova Filarmónica traz ao palco uma programação emocionante em homenagem à Juventude. Como jovens músicos, acreditamos firmemente na importância de investir na vida cultural da nossa sociedade e guiar as novas gerações rumo à sabedoria e à paixão. Salvar a nossa herança musical é uma missão pela qual lutaremos, e esperamos contar com a participação do nosso estimado público nessa causa.»

Em inglês relatam o óbvio: «It is no doubt that founding a cultural project requires a great financial investment, and we are no exception. As a newly founded orchestra in the heart of the UK, we face the challenge of raising enough money to invest even further on this promising project. »

Vivem dos concertos e de doadores, como é possível verificar pelos links que se seguem:

O mais interessante é que esta recém-criada orquestra foi fundada e, é dirigida por uma maestrina madeirense.

Que bom seria, tomar este exemplo para a nossa orquestra local. Viver dos concertos e apelar à doação de dinheiro para a sua subsistência financeira. Um custo a menos no erário público.

Se calhar até se fazia melhor. Quando a nova sala de concertos estivesse pronta, ali para os lados do Porto do Funchal, contratava-se a nova maestrina que, com os seus conhecimentos musicais e financeiros adquiridos em Londres, poderia ser uma grande ajuda para o futuro sustentável da orquestra local. Mas o mais significativo para esta empreendedora das artes, para todos os efeitos ‘’dona’’ de uma orquestra da qual é maestrina, seria dirigir a orquestra local podendo assim trabalhar com o pai e com o tio que nos visita regularmente no Natal e no Carnaval, quando vem dirigir esses concertos temáticos na Madeira.

70 músicos em Londres! No meio de tanta orquestra e num meio artístico tão exigente, é realmente necessário ter muito dinheiro e muitos mecenas. Os ingleses o que têm de bom é que, se forem cumpridas todas as normas e regulamentos, forem pagas as despesas em Libras, mesmo vindo das famosas Estepes, mas através da sua City Financeira, está tudo certo. Por cá também.

Será que se consegue um acordo de trabalho com estes 70 músicos, jovens finalistas de mestrados em Música? Temos um bom clima, uma vida fantástica à beira mar, os mecenas de lá, já cá estão. Bate tudo certo. Temos que pensar no futuro imediato, a aposentação de uma grande parte dos músicos locais. São muitas décadas. Seria uma maneira de renovar.

Um bom Glasnost e uma boa Perestroika!

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