Madeira: o silêncio ensurdecedor da liberdade de expressão
A Madeira transformou-se num laboratório sombrio onde a liberdade de expressão agoniza, sufocada pelo controlo férreo de uma oligarquia que capturou o próprio jornalismo, sua propriedade. É um cenário distópico onde a informação séria é substituída por uma cortina de fumo de eventos e festas, enquanto a verdade se torna um luxo para poucos. E para aceder é preciso não estar embrutecido, alheado e estupidificado.
Os jornais são meros folhetins de propaganda descarada a eventos de hotéis e a iniciativas que servem apenas para lustrar a imagem de quem detém o poder económico e político. Os jornais são circo com agenda oficial, elogios a metro, perseguições a partidos da oposição e arrogância de poder. O que deveria ser um pilar da democracia, a imprensa livre, é agora um megafone partidário, replicando narrativas pré-fabricadas e omitindo convenientemente tudo o que possa perturbar a "paz" imposta. Onde está o escrutínio? Onde está a investigação jornalística? Desapareceram, varridos para debaixo do tapete da conveniência e da cumplicidade. O poder é rei, o partido usa os dinheiros públicos para objetivos partidários, casas do povo, subsídios próximos das eleições, eventos de gente "afável".
Mas a coisa não se fica por aqui. A censura, essa sombra do autoritarismo, manifesta-se de forma ainda mais insidiosa nas redes informáticas do governo e das empresas públicas. Sites de notícias sérias, plataformas de opinião pluralista, ou vozes incómodas são seletivamente bloqueados, impedindo que a informação verdadeira chegue a quem dela precisa... para acordar. É um controlo digital que visa inibir qualquer pensamento crítico, mantendo os cidadãos numa bolha de desinformação controlada. Esta prática, que devia ser criminalizada, opera na penumbra da "gestão de redes", mas é, na sua essência, um ataque direto à Constituição e ao direito de cada um se informar livremente. É o Acontece Madeira do alheamento e dos comas alcoólicos , isso está bem.
O mais revoltante é a cumplicidade ativa de muitos jornalistas neste circo de manipulação. Em vez de defenderem a sua profissão e a verdade, parecem ter trocado a caneta e o microfone por um posto de vigilância. Notícias fabricadas, com URL que desaparecem, o ataque sistemático a perfis incómodos no Facebook através de equipas de "denúncias gratuitas", e a descarada perseguição a outros partidos com os seus "comentadores-toupeiras" infiltrados na opinião pública, são a prova viva de que parte da classe jornalística madeirense traiu os seus princípios. É um atrevimento ver quem deveria informar a participar ativamente na censura, perseguindo vozes dissidentes e enxovalhando a reputação de quem se atreve a pensar diferente.
Esta situação é um saneamento da liberdade de expressão, um esvaziamento da capacidade crítica e uma afronta à democracia. A Madeira merece mais do que este jornalismo de fachada e esta ditadura silenciosa da informação. É imperativo que os cidadãos exijam o regresso da ética, do rigor e da independência à comunicação social, antes que a ilha se torne um exemplo acabado do que acontece quando a verdade é sacrificada no altar do poder.
A Madeira é uma ditadura, retire-se o camuflado!
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