Na caverna


A alegoria da Caverna, Platão - vida e morte antes de Cristo:

O Mito da Caverna é um dos textos filosóficos mais debatidos e conhecidos pela humanidade. Nele, estão as bases do pensamento platônico, o conceito de senso comum em oposição ao senso crítico e à busca pelo conhecimento verdadeiro.

A vida dentro da caverna representa o mundo sensível, aquele experimentado a partir dos sentidos, onde reside a falsa percepção da realidade.

Enquanto a saída da caverna representa a busca pela verdade, o chamado mundo inteligível, alcançado apenas pelo uso da razão. No texto, Platão cria um diálogo entre Sócrates e o jovem Glauco. Sócrates pede para que Glauco imagine um grupo de pessoas que viviam numa grande caverna, com seus braços, pernas e pescoços presos por correntes e voltados para a parede que ficava no fundo da caverna.

Atrás dessas pessoas, existia uma fogueira e outros indivíduos transportavam objetos, que tinham as suas sombras projetadas na parede da caverna, onde os prisioneiros ficavam observando.

Como estavam presos, os prisioneiros podiam enxergar apenas as sombras das imagens, julgando serem aquelas projeções a própria realidade. Certa vez, uma das pessoas presas nesta caverna consegue se libertar das correntes e sai para o mundo exterior. A princípio, a luz do sol e a diversidade de cores e formas assustam o ex-prisioneiro, fazendo-o querer voltar para a caverna.

No entanto, com o tempo, ele acabou por se admirar com as inúmeras novidades e descobertas que fez. Assim, tomado por compaixão, decide voltar para a caverna e compartilhar com os outros prisioneiros todas as informações sobre o mundo exterior.

As pessoas que estavam na caverna, porém, não acreditaram naquilo que o ex-prisioneiro contava e chamaram-no de louco. Para evitar que suas ideias atraíssem outras pessoas para os “perigos da insanidade”, os prisioneiros mataram o fugitivo.

Façamos a analogia com a situação que vivemos na Madeira. Vivemos numa ilusão, fieis ao mesmo há 50 anos. Não conhecemos outra realidade, presos com correntes e virados para a parede. Só temos sombra, só temos direito ás migalhas que nos atiram, a breve prazo sem acesso à serra e mar. No entanto, se alguém ousar dizer que fora da caverna a vida é bem melhor, é logo um alvo a abater. É criticado, esmiuçada a sua vida ao pormenor, alvo de criticas de muitos que nem o conhecem. É frase habitual "os que lá estão já se sabe o que são. Votar em outros para quê?"

Está na hora de sair da caverna sob pena de morrermos escravos!

Obrigada MO pela oportunidade de escrever sem correr o risco de ser crucificado. Mantenham-se livres

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