Para onde caminha o meu PSD Porto Moniz?


S ou militante do PSD há aproximadamente 15 anos. Nunca precisei que alguém chegasse perto de mim, em certas alturas, dizer que eu tinha as quotas pagas, até porque sempre fiz questão de manter a minha ficha digna de registo.

Este é o respeito que eu tenho pelo meu partido que, com muita pena minha, não tem para comigo ou para com outros militantes.

Há uns dias que vieram a público notícias e contra notícias sobre a escolha do candidato do PSD em São Vicente. O Dr. Miguel Albuquerque apressou-se a vir a público dizendo que a escolha tinha sido unânime junto dos órgãos do partido. Até aqui tudo bem, não viesse o presidente da concelhia do PSD de São Vicente, poucos dias depois, desmentir o que havia sido dito pelo Sr. Presidente do PSD.

Não é por acaso que recordo este episódio, mas com ele pretendo chegar, precisamente, à escolha do candidato do meu partido para a câmara do Porto Moniz.

Eu fiquei a saber, numa mensagem ‘whatsapp’, o nome do candidato escolhido pelo meu partido para as próximas eleições. Com 15 anos de militância, aguentando 12 anos de oposição no meu concelho, não fui tido nem achado neste processo. Como eu, vários militantes sentem o mesmo, mas aqui impera o silêncio.

Sinto que não pusemos “as cartas em cima da mesa”, de forma a podermos tirar do baralho os melhores “ases”. Em vez disso, mandamos o joker à frente e os outros que acompanhem, sem uma palavra a dizer.

Não tenho nada contra o Sr. Dinarte, antes pelo contrário, mas com toda a humildade acho que não é a nossa melhor cartada para esta fase. O filho do Emanuel, que se apresenta a eleições, vive na política há muitos anos, tem estofo, é advogado e pode ser gestor. O que geriu o nosso candidato até hoje? Tínhamos tantos bons gestores no nosso partido, pessoas com carisma e com provas dadas profissionalmente e politicamente, e foram buscar um dos únicos que não tem qualquer experiência de gestão.

Fizeram-me chegar, na semana passada, que o Dinarte é uma aposta pessoal do Deputado Valter Correia. Acho que isto não são alturas para escolhas pessoais, mas sim escolhas unânimes estre todos os militantes, pois afinal, não podemos ser só militantes quando dá jeito ao partido, por altura de campanha, e depois não sermos tidos em conta em momentos importantes como este.

Eu sou um homem de princípios, e por isso já decidi que o meu sentido de voto, nas próximas eleições, não passará pelo PSD. Não sinto que o Sr. Dinarte seja “O Verdadeiro”, e inquestionável candidato que temos para apresentar.

Acho que ainda vamos a tempo de emendar a mão, e não ficava descansado enquanto não tornasse pública a minha posição.

Aqui, o silêncio é dono e senhor, e só nos pedem que digamos “sim senhor”, “tem razão” e “tá certo”. Não contem comigo para isso.

Disse!

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