Andorinha M. P., voa para bem longe!


O futebol de formação deveria ser, acima de tudo, um espaço de aprendizagem, respeito e crescimento — dentro e fora das quatro linhas. Infelizmente, nem todos os clubes seguem esta premissa. O Clube Futebol Andorinha, outrora reconhecido pelo seu papel na formação desportiva e humana de jovens atletas, tem vindo a perder esse estatuto, tornando-se exemplo de tudo o que não se deve promover no desporto juvenil.

Anteriormente coordenado por M. P., um indivíduo cuja postura arrogante e prepotente contrasta com os princípios de ética e pedagogia exigidos num cargo desta natureza, o clube tem dado sinais preocupantes. O comportamento agressivo, verbalmente abusivo e, por vezes, até alcoolizado deste responsável, como se verificou recentemente num torneio em São Vicente, mancha a imagem da instituição e transmite um sinal claro aos jovens: desde que se jogue bem, tudo o resto é irrelevante.

Palavrões dirigidos a adversários e árbitros, desprezo pelas regras básicas de convivência e desrespeito sistemático pelas emoções e fragilidades próprias da idade têm contribuído para um ambiente tóxico. Não é de estranhar que, nesta época, em alguns escalões, sobretudo no SUB 12, vários jogadores tenham optado por desistir. A mensagem passada é simples e desastrosa: o futebol não é para “mariquinhas”, como alguns têm dito com desdém, ignorando que o verdadeiro atleta é aquele que sabe competir com coragem, mas também com empatia, humildade e respeito.

Mais grave ainda, há relatos de um treinador – C. T. dos SUB 12 - que rebaixa sistematicamente os miúdos com comentários humilhantes, comprometendo a autoestima e o desenvolvimento emocional das crianças. Este mesmo treinador tem sido alvo de críticas por alegado assédio a mães de atletas, comportamento inaceitável que, escandalosamente, é tolerado — ou mesmo encoberto — por M. e Presidente D. S., que permanecem em silêncio, alimentando um ambiente de impunidade e permissividade.

Como se tudo isto não bastasse, os pais que têm a coragem de denunciar estes abusos acabam, frequentemente, por ver os seus filhos castigados dentro de campo: são colocados no banco sem justificação, ignorados nos treinos ou até afastados das convocatórias. Uma forma cobarde de retaliação que fere ainda mais os princípios de justiça e respeito que deveriam reger o desporto juvenil.

Quando a pedagogia dá lugar ao desleixo e a formação é substituída pela competição a qualquer custo, não só se perde o verdadeiro espírito do desporto, como se condena uma geração de jovens a crescer sem referências positivas. É urgente que se repense o rumo de clubes como o Andorinha — e que se exija responsabilidade a quem lidera projetos de formação. O talento pode ganhar jogos, mas são os valores que formam campeões de verdade.

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6 Comentários

  1. 📢 Comunicado Oficial do Clube Futebol Andorinha de Santo António

    O Clube Futebol Andorinha de Santo António tomou conhecimento de um artigo de opinião recentemente publicado num órgão de comunicação regional, contendo um conjunto de acusações graves e infundadas sobre o funcionamento da nossa formação, em particular relativamente ao escalão de Sub-12 na época passada.

    Lamentamos profundamente o teor e a forma como este artigo foi redigido, nomeadamente:
    • A ausência de identificação do autor, que impede o contraditório e a apuração séria dos factos;
    • As insinuações desproporcionadas e generalizadas que, sem provas, tentam manchar o nome de um clube com 100 anos de serviço à comunidade e ao desporto regional;
    • O ataque direto a elementos concretos da estrutura técnica, com base em testemunhos não confirmados, contrariando princípios de rigor, verdade e respeito mútuo.

    Reconhecemos, como qualquer instituição com história e dimensão, que não somos perfeitos. Somos um clube com centenas de atletas, treinadores, dirigentes e famílias envolvidos diariamente, e estamos sempre disponíveis para ouvir, corrigir e evoluir.

    Importa ainda esclarecer que algumas das pessoas visadas no artigo já não integram os quadros do clube. No entanto, o Clube Futebol Andorinha não deixará de manifestar a sua solidariedade institucional para com todos os que, ao longo do tempo, deram o seu contributo com dedicação e empenho.
    Nenhum colaborador ou ex-colaborador deve ser exposto publicamente a acusações injustas ou a julgamentos sem defesa, especialmente quando essas alegações surgem de forma anónima e descontextualizada.

    Nunca, em todos estes anos de atividade, tivemos qualquer episódio semelhante ao que foi descrito. Este artigo não corresponde à realidade, deturpa intencionalmente situações e revela má vontade, mais do que uma preocupação genuína com a formação desportiva e humana dos nossos jovens.

    O Clube Futebol Andorinha tem um percurso sólido na promoção do desporto com valores, apostando na formação integral dos seus atletas. Os nossos treinadores, técnicos e dirigentes são pessoas com dedicação genuína, responsabilidade e competência. O que nos move é a paixão pelo futebol, pela formação e pelo crescimento saudável das nossas crianças e jovens.

    Estamos disponíveis para colaborar com qualquer entidade oficial, incluindo a Associação de Futebol da Madeira e outras instâncias desportivas e sociais, no esclarecimento de qualquer questão que seja levantada de forma séria, transparente e respeitosa.

    Aos nossos atletas, famílias, sócios e comunidade em geral, deixamos uma mensagem de confiança:
    o Clube Futebol Andorinha continuará a voar com integridade, união e respeito, com a certeza de que a verdade prevalecerá.

    VOA ANDORINHA!

    A Direção do Clube Futebol Andorinha de Santo António
    Funchal, 9 de julho de 2025

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  2. Meu filho está No Andorinha sob 08 é um clube 5 estrelas , formação incrível adoro o ambiente entre atletas , formadores e pais , formação que dão superior dou nota 10 ao clube , é um clube que trata os miúdos como filhos ..já frequento o espaço do Andorinha 2 anos e não vejo nada do que referem o artigo totalmente falso

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  3. Boa tarde, é verdade que estamos a falar de um clube centenário, com história desportiva e social; contudo não são as memórias que fazem o presente, são as pessoas que lá estão, diariamente e que representam o clube, e que fazem dele o que é hoje.

    Infelizmente, é com tristeza e desilusão, que corroboro tudo o que está escrito! Foi dito pela coordenação, que foi escalão difícil do Andorinha, que só existia problemas neste escalão, mas a verdade é, começaram a época com jogadores para duas equipas com suplentes e acabou uma.
    Na verdade, é neste escalão que os treinadores, estão aos berros constantes, a dar indicações nos treinos e nos jogos que até baralham os jogadores!
    É neste escalão, que são proferidos de insultos pelos jogadores a colegas, ao treinador e do treinador para os jogadores e nada acontece, onde colegas agridem outros, da mesma equipa e nada acontece!
    É ainda neste escalão, que jogadores mal comportados dentro de campo, são premiados com idas a todo os jogos com titularidade, como que parabenizando os seus comportamentos.

    Sou da opinião, que os problemas resolvem-se no sítio certo e dentro de portas, mas o problema ficou fechado dentro de portas e nada foi resolvido ao longo de uma época. Houve permissão e benevolência, porque tinha o dever de intervir e resolver. Mas, nada foi feito na altura, mas no agora parece algo está em curso...

    Educação vai de casa, mas seja onde for, a má educação nunca deve ser tolerada.
    Será melhor repensar nos valores que quer transmitir e no papel que se quer na comunidade.

    Uma coisa é certa, uma maça podre, se não for retirada, rapidamente estraga todas as outras!
    Cultivem valores positivos! Cultivem a garra pelo desporto e pelo clube, mas com honra, empatia e respeito.
    Votos para uma época excelente 2025/2026

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  4. Boa tarde, também confirmo que tenho o meu filho há 2 anos no Clube do Andorinha, no escalão de Sub8, e só tenho a agradecer o crescimento do meu filho dentro e fora de campo, treinadores excelentes que não só trabalham as técnicas, como também o psicológico, a empatia e a humildade dentro e fora de campo. Como costumamos dizer por lá, mais que um clube somos uma família, não é a toa que os nossos meninos que anseiam para ir treinar e quando chega a hora do fim nunca querem terminar nem vir embora. O artigo acima só pode ser de alguém muito frustrado/a que quer denegrir a imagem deste grande Clube de Futebol que é o Andorinha. Continuem a voar alto como até hoje.

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  5. Isto para mim é um "desabafo" de um pai/mãe que não deve ter gostado de alguma coisa que se passou (será que o filho foi dispensado? / Não foi convocado? / Não jogou o tempo que o pai/mãe queria que o seu filho jogasse?).
    Eu vou falar por mim, tenho dois filhos no Andorinha, o mais velho começou a jogar nos sub 6 e atualmente é sub 17 e o mais novo também começou no sub 6 e atualmente é sub 9 e posso dizer que nada que esse pai/mãe está a dizer é MENTIRA.
    Infelizmente existe pessoas que adoram fazer confusão em tudo, se estão mal deveriam era
    VOA ANDORINHA

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  6. Boa tarde!

    Infelizmente todas as situações aqui expostas são verídicas. Muitos atletas desse escalão foram depreciados pelo treinador e coordenador, que ao serem confrontados por diversos pais negavam tais situações.

    Quem acompanhou de perto os treinos ouviu berros, palavrões e insultos dentro de campo, entre treinadores, treinador e atletas e entre os próprios colegas. Existiram insultos e agressões físicas que os treinadores e coordenação preferiram ignorar. As meninas viram-se obrigadas a sair do escalão dado a gravidade dos insultados para com as mesmas. É lamentável este tipo de situação.

    A Direção do Clube tem conhecimento das situações e existem provas sobre os acontecimentos, no entanto, preferem ficar em silêncio. Acredito que é uma situação complicada e pouco favorável para a imagem do clube, mas na minha opinião, é preferível admitir e tentar resolver do que negar o óbvio.

    Quero acreditar que estes acontecimentos não ocorrem em outros escalões e que seja verdade o que estes pais afirmam, para o bem estar das crianças/ jovens. Infelizmente, no escalão dos sub 12 as coisas não correram nada bem.

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