As coincidências fantásticas.


Q uando se faz notar a promiscuidade, os atingidos esperneiam em busca da reposição da imagem e idoneidade, querem estar a bem com Deus e o diabo, com dois proveitos no mesmo saco, querem continuar com o estatuto imaculado, mas com um benefício, porque só daquela vez é puro.

Se olharmos para trás, vemos 50 anos de coincidências inocentes, quem está perto do poder, influência económica, elites e familiares, militantes, sócios, vergados e vendidos, afins, normalmente têm um sucesso que os outros não têm. Partindo do princípio que são todos "inocentes" cumprindo coma moral e a ética, é de facto um fenómenos fantástico de casualidade a ser estudado.

O sucesso é uma casualidade premeditada ou a promiscuidade atinge as laterais sãs?

Parece que a coincidência é a palavra de ordem quando se fala de sucesso para certos indivíduos. É fascinante como aqueles que gravitam em torno do poder, daquele lote mencionado e outros, frequentemente alcançam um nível de prosperidade que o cidadão comum apenas pode sonhar. É quase como se houvesse uma aura mágica a envolver quem está perto da máquina, garantindo que portas se abram e oportunidades surjam de forma espontânea e, claro, completamente desvinculada de qualquer influência ou favorecimento. A moral e a ética, esses meros detalhes, são sempre impecavelmente mantidos, porque, afinal, a pureza é algo que se pode ligar e desligar conforme a conveniência do benefício.

A insistência na "inocência" é, sem dúvida, a parte mais encantadora desta narrativa. Diante de qualquer insinuação de promiscuidade, seja ela de favores, acessos ou meras "casualidades", os visados rapidamente assumem a pose de vítimas, clamando pela sua reputação imaculada, ameaçando com tribunais, porque se advogado é o curos de contornar a lei, imagine-se as façanhas de em vez de defender... ganhar... simulando também toda a legalidade. É um número digno de aplausos, esta capacidade de querer "estar a bem com Deus e o diabo", acumulando benefícios enquanto mantêm o estatuto de santidade. Então quando são Advogados e beatificado pela Igreja é algo de levar com uma foto com o Papa, porque Bispo não chega. Afinal, cada situação de "benefício" é sempre a única exceção, o único momento em que a linha entre o certo e o duvidoso é tenuemente cruzada, apenas para ser imediatamente restabelecida após o proveito.

Ao longo dos últimos 50 anos, este "fenómeno fantástico de casualidade" tem-se repetido com uma regularidade que desafia a própria lógica. Não é sorte, não é influência, não é compadrio; é pura e simplesmente uma série ininterrupta de "coincidências inocentes" que levam os mesmos rostos, ou os seus próximos, ao topo. Talvez devêssemos mesmo instituir um grupo de estudo para decifrar este enigma, esta lei universal que parece abençoar apenas alguns com um sucesso tão inexplicável. É um mistério que, com certeza, continuará a maravilhar-nos por muitos e muitos anos.

Os inocentes violentos pela reputação é uma intimidação do jogo das coincidências, a proximidade com o poder traz genialidade.

Enviar um comentário

0 Comentários