Miguel Sousa, o Luís: o inimigo Nº 1 da Madeira (e com gosto!)


S e a Madeira tivesse um panteão de vilões, Miguel Sousa, o Luís, estaria na capa, emoldurado a ouro. Dono da Porto Santo Line e do Grupo Sousa, o senhor Sousa é o exemplo perfeito do “amigo da Madeira”... mas só quando lhe enche os bolsos. Ele não quer um ferry para ligar a Madeira ao continente. Não porque seja difícil, não porque seja caro. Não. É porque, se houver concorrência, o senhor deixa de ganhar tanto. E ganância é coisa sagrada para ele.

Os madeirenses? O povo? Esses que se lixem. Que paguem caro, que fiquem isolados, que continuem dependentes das empresas dele. Com o monopólio todo amarrado no bolso, o lucro é garantido. O bem-estar das pessoas? Não interessa. Um ferry novo quebraria esse ciclo de exploração. E isso, meus caros, não pode ser!

Mas as tropelias do Miguel Sousa não ficam por aqui. Como qualquer bom novo-rico que despreza a própria terra enquanto finge amá-la, ele mandou abaixo uma quinta tradicional madeirense, daquelas que contam a história do nosso povo, da nossa cultura, das nossas raízes, para construir uma mansão que parece saída de Miami ou Marbella. Uma casa que não tem nada a ver com a Madeira. Uma afronta à nossa paisagem, à nossa identidade e à nossa dignidade. Quando se tem dinheiro, pode-se tudo. A tradição? Que se lixe.

E quando se fala de política, o senhor Sousa não falha. Julgo que ele irá apoiar Marques Mendes para Presidente da República, um homem de Lisboa, ligado a empresas em offshore na Madeira, mais um “amigo” da terra só quando convém. Claro que não apoia o Almirante! A visita do Almirante à GASLINK? Um teatro. Um número para enganar tolos enquanto o senhor Sousa ri de canto.

O jogo é simples, manter o povo distraído, manter o dinheiro a fluir para os mesmos bolsos, manter o poder concentrado. A Madeira? É só o cenário. Quem manda não quer saber se o povo paga caro ou não tem acesso a alternativas. Só quer saber de lucro. E enquanto isso, muitos aplaudem sem perceber que estão a bater palmas ao próprio carrasco.

Pensem nisto antes de votar, antes de aplaudir, antes de aceitar este teatro de interesses. Porque o maior inimigo da Madeira não vem de fora. Está cá dentro. E um deles chama-se Miguel Sousa, o Luís.

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