Namorada do Presidente da JSD nomeada assessora de Eduardo Jesus


Coincidências...

A namorada do Presidente da JSD, deputado do PSD e candidato a candidato a Vereador da Câmara do Funchal, de seu nome Sara Jardim, foi nomeada recentemente para técnica especialista do gabinete do Secretário Regional do Turismo, Cultura e Ambiente.

Um lugar de nomeação, como tantos outros, de assesssoria especializada, num gabinete de um membro do Governo Regional. Não está em causa a competência de Sara Jardim (que se desconhece). E ninguém deve ser penalizado por decidir partilhar o leito seja com quem for. O problema a combater é justamente o inverso: ser beneficiado por partilhar o leito com determinada pessoa.

"Não basta ser, é preciso parecer." Se calhar por falta de conhecimento específico, a nomeação de Sara Jardim não é nada óbvia. Caso contrário não seria tema nos meandros da administração pública regional. Pergunta-se se Sara não fosse namorada de Bruno Melim se seria nomeada assessora do Secretário?

O nepotismo, o compadrio, as cunhas. São problemas terríveis de uma democracia dos vícios e impunidade. Do tachismo puro que predomina nas elites laranjas e burguesas da Nova Madeira Velha. Na JSD o à vontadinha é hoje quase tão grande como o era no tempo do José Pedro Pereira. O Rómulo e o André Alves devolveram alguma idoneidade à instituição, com humildade e seriedade, sem exuberâncias. Infelizmente a regressão temporal é grande. Voltamos ao pior.

Sem querer colocar em causa o mérito da pessoa em questão não há forma de evitar a suspeição que mancha a imagem de Bruno Melim. Haveria nomeação se não fosse namorada do Sr. Deputado? Pois, é por isso mesmo.

A JSD que trabalha, tem ideias, aparece, faz actividades não tem a mesma sorte. Ainda bem que há quem se vá desenrascando bem na vida com largos anos no parlamento, nomeações de namoradas e com um lugarzinho confortável na Câmara no horizonte. Nem todos nasceram num berço de ouro. Continua a hacer madeirenses de primeira e de segunda. E o pior é que já nem há vergonha em tentar disfarçar. Pode-se tudo. É uma nova geração de velhos líderes prepotentes.

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