O caixote castanho da vergonha


Resíduos orgânicos.

Uma Pergunta ao Senhor Luís Miguel de Sousa.

O caixote castanho da Porto Santo Line, plantado mesmo à entrada do Cais do Funchal (link), com vista privilegiada para o mar e com um impacto visual digno de um mercado de beira de estrada. Diga-nos lá, senhor Luís Miguel de Sousa, já agora com toda a frontalidade: paga imposto à Câmara Municipal do Funchal por ter ali aquele barraco disfarçado de quiosque? Tem licença? Ou, como quase tudo o que diz respeito ao seu império, também essa aberração urbanística existe à margem da lei, com a bênção dos de sempre e a cumplicidade dos que fecham os olhos porque "é assim que funciona"?

É mais um exemplo do estado a que isto chegou: o dinheiro compra silêncio, compra espaço público, compra paisagem, compra privilégio. A cidade do Funchal, que podia ser um postal de orgulho, está a ser transformada numa feira desorganizada e feia, feita à medida dos caprichos de quem acha que tudo lhe pertence.

O senhor Luís Miguel de Sousa, que durante anos tem beneficiado de um monopólio descarado no transporte marítimo para o Porto Santo, não ajuda esta terra a crescer, não investe de forma estruturada no bem-estar das pessoas, não promove concorrência nem inovação. É um exemplo perfeito de um monopolista egocêntrico, fechado sobre si mesmo, agarrado ao poder como quem agarra um cofre.

Pergunto-me, e pergunto-lhe diretamente: é isto que quer ensinar aos seus filhos? Que mentir, aldrabar e pisar os outros é o caminho para o sucesso? Que vale tudo para chegar longe, desde que se tenha as costas bem quentes?

A Madeira não precisa de mais "reis do monopólio", precisa de gente séria, que queira deixar um legado de futuro e não apenas uma coleção de caixotes castanhos espalhados pela paisagem.

E ainda nos tentam vender isto como "progresso". 40 anos de vergonha é isso que você tem como legado.

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