Proponho-me a escrever uns textos sobre lugares que estão a recuar no overtourism, eles fazem perder eleições se os governantes não ouvirem.
A s ilhas Baleares, que incluem Maiorca, Ibiza e Menorca, são um dos principais exemplos de destinos de overtourism na Europa que estão a tomar medidas significativas para o combater. A situação é muito séria ao ponto de levar a grandes protestos de residentes contra o turismo de massas. O governo regional e as autarquias locais têm implementado várias políticas
Em Maiorca, a maior das ilhas, tem sido palco de manifestações de milhares de pessoas a exigir limites para o turismo. As medidas adotadas incluem restrições ao Alojamento Local, tentado limitar a licença de apartamentos turísticos, especialmente em zonas já saturadas. O objetivo é travar a subida dos preços da habitação para os residentes, que estão a ser "expulsos" da ilha. Alô Madeira!
Na ilha de Formentera, parte das Baleares, foi introduzido um sistema de quotas de veículos em certas épocas do ano para reduzir os congestionamentos e o impacto ambiental. A ilha de Maiorca também está a considerar medidas semelhantes.
Em praias como Caló des Moro, a afluência de visitantes chegou a um ponto insustentável. As autoridades têm tentado, sem grande sucesso, gerir o fluxo de pessoas e de carros, e em algumas praias já foram colocadas placas com mensagens enganosas para tentar afastar os turistas. Alô Madeira, continuam a meter carros e turismo?
Ibiza, que é bem conhecida pela vida noturna e turismo de luxo, também está a enfrentar os efeitos do turismo excessivo. Embora a ênfase das políticas seja diferente, o objetivo é o mesmo: tornar o turismo mais sustentável. Estão a promover ativamente o "turismo sustentável" e "regenerativo", incentivando os visitantes a participarem em atividades ecológicas, como caminhadas, desportos aquáticos não poluentes e a consumir produtos locais. Pessoalmente não acho estas decisões de Ibiza grande coisa. Mas, por outro lado, existem esforços para que hotéis e outras infraestruturas turísticas implementem práticas mais eficientes de gestão de recursos, como a poupança de água e o uso de energias renováveis, para mitigar o impacto ambiental. Mas as "fisiológicas" só com boas ETARs, como na Madeira ...
Apesar destas medidas, a situação nas ilhas é complexa e as políticas não têm sido isentas de críticas. Algumas das medidas mais rígidas, como as restrições ao alojamento local, têm sido contestadas legalmente. Além disso, a tentativa de usar influenciadores para promover um turismo mais responsável não teve o impacto desejado. Portanto quem abriu o precedente abriu a caixa de Pandora. É por isso que não se deve eleger incompetentes, se bem que alguns são escolhidos sem eleição.
No entanto, estes exemplos mostram que os destinos estão a reconhecer o problema e a evoluir de um modelo de "promover o turismo a todo o custo" para um de "gerir o turismo para o bem da comunidade local e do meio ambiente". O desafio agora é encontrar um equilíbrio que funcione a longo prazo.
Na "Madeiqa" ainda estamos na negação.
Voltarei com mais exemplos! Obrigado MO.
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