A inauguração do circo político em São Vicente: hipocrisia e farsa à vista

 

S ão Vicente, Madeira – Outubro de 2025. Caros leitores, é com enorme prazer que vos convido a uma estreia mundial, um evento de rara magnitude, um espetáculo que promete arrancar gargalhadas, suspiros e, claro, um ou outro calafrio. A inauguração do novo executivo camarário da autarquia de São Vicente está marcada para o próximo sábado, dia 25 de outubro. E, como não podia deixar de ser, será um evento digno de uma tragédia grega… com uma boa dose de comédia de salão, claro. O ‘Drag-Queen’ do André Ventura à frente da Câmara Municipal de São Vicente? Agora sim, finalmente a política vai ganhar um pouco de cor, brilho e... quem sabe, um toque de bom senso – ou será que isso é pedir demais?

O Drama da Política Madeirense

Sim, amigos, o que se avizinha é, de facto, uma produção de terror. A primeira edição de uma nova era em São Vicente, onde a mistura de incompetência e oportunismo promete fazer desta inauguração uma verdadeira estreia de "primeira classe". Para quem acompanha os bastidores da política madeirense, já sabe o que esperar: discursos vazios, promessas que mais parecem sonhos molhados e a mesma retórica populista de sempre. O cenário? Um palco de circo, onde as marionetas são conduzidas por aqueles que, ao longo dos anos, criticaram tudo o que agora vão abraçar.

Este espetáculo terá, como não podia faltar, as mais diversas figuras da comédia política local. Para abrir as cortinas, temos o ilustre "Drag-Queen" do André Ventura, que, apesar de externamente ser contra tudo o que não seja branco e heteronormativo, agora se encontra confortavelmente acomodado no banquete da sua própria hipocrisia. Ele e os seus aliados (que, para nossa surpresa, são bem mais parecidos com as suas declarações do que com as promessas de mudança) estarão em palco, imersos num mar de cinismo. E, convenhamos, nada mais delicioso do que ver aqueles que tanto detestam tudo o que não seja da sua estrita conveniência a comerem agora do prato que sempre criticaram.

A Nova Classe Política: Velhos Rostos, Novos "Tachos"

Mas a verdadeira pérola deste espetáculo estará na troupe de comediantes eleitos. Alguns dos mais ardentes críticos dos “tachos” alheios encontram-se agora confortavelmente sentados nos seus próprios. Quem criticava as nomeações nepotistas, vê-se agora a perpetuar as mesmas práticas, criando uma nova geração de burocratas que, em vez de servirem a população, servem apenas os seus próprios interesses e os seus amigos. Aqueles que antes atacavam os “desempregados” que passavam a vida a dizer mal da Câmara, vão agora juntar-se à festa, ocupando postos de trabalho e fazendo o mesmo: absolutamente nada. Porque, convenhamos, se há algo que a política local fez ao longo dos anos foi criar uma excelente escola de inutilidade, onde todos podem ser bem pagos para nada fazer.

E, como se não bastasse, os agora eleitos não perderam tempo a desmentir as acusações feitas a outros políticos no passado. Se antes era um escândalo a contratação de familiares e amigos, agora a nova clique de São Vicente continua com a mesma estratégia: engordar a máquina pública à custa da rede de conhecidos e compadres. O que antes era repulsivo, é agora uma estratégia política aceitável. Hipocrisia? Não, apenas política feita com o mais alto grau de pragmatismo.

O Espectáculo da Ignorância e da Hipocrisia

E o espetáculo não se fica por aqui. Neste evento, teremos de tudo: desde palhaços e drag-queens, a lésbicas, gays, homens rudes, sabichões, egos insuflados e, claro, aquele toque especial de imbecilidade que nunca falta em qualquer produção política de grande dimensão. Nada como um bom desfile de absurdos para recordar o que realmente importa. Aqui, não se trata de uma luta política ou ideológica séria. Trata-se de um jogo de interesses, onde o espetáculo se sobrepõe à verdadeira necessidade de mudança.

Entre as figuras presentes, não faltarão aqueles que se escondem atrás de críticas ferozes, mas que não suportam um pingo de crítica no seu próprio jardim. São aqueles que adoram atacar a moral e os valores dos outros, mas que, na hora da verdade, se transformam em bebés chorões, incapazes de lidar com a mínima frustração. Fique atento a estes, que são, de longe, os piores atores no palco desta farsa.

E, claro, não podemos esquecer os maiores comediantes deste evento: os que, antes, defendiam um cavalo de batalha ideológico e, agora, aplaudem de pé a farsa que se desenrola diante dos seus olhos, como focas num parque aquático. A "mudança" que pediam transformou-se num espectáculo grotesco de lealdade cega e de egos insuflados, onde quem não souber rir, terá de se contentar em ver o circo a arder.

A Tragédia de um Novo Início

E, como num bom teatro, o clímax chega no final. Em vez de um novo começo, o que se vê é o renascimento de tudo o que já se esperava: um governo que promete lutar contra os "inimigos" imaginários, enquanto os verdadeiros problemas de São Vicente, da Madeira e até do país continuam a ser ignorados. Aquilo que se anuncia como um “novo começo” não é mais do que a continuação daquilo que há muito deveria ter sido reformado.

Agora, os novos actores políticos apresentam-se em palco com a mesma velha retórica: palavras vãs, promessas infundadas e uma cortina de fumo para mascarar a falta de acção. São Vicente, que deveria ser um local de renovação, mais parece um circo, onde os palhaços alternam no palco, enquanto os verdadeiros problemas do concelho são empurrados para debaixo do tapete.

Conclusão: Um Circo a Não Perder

No próximo sábado, dia 25 de outubro, São Vicente será palco do maior espetáculo de hipocrisia que a política local já viu. A inauguração do novo executivo camarário promete ser uma tragicomédia de proporções épicas, onde todos estarão de olhos bem abertos, à espera da próxima gargalhada, do próximo escândalo, ou quem sabe, do próximo grande erro. Não se deixem enganar, leitores: será uma estreia de uma nova temporada da velha série política madeirense, onde a única coisa que muda é o plantel.

Portanto, se planeiam comparecer, preparem-se: tragam o saco de vómitos, os escudos protetores, chapéus de chuva, e, claro, as máscaras de soldador, para proteger os vossos olhos de tanto brilho e desespero. E não se esqueçam: como em todo o bom circo, há sempre algo de novo para ver, e para lamentar.

Em suma: a tragédia de São Vicente está prestes a começar. E esta é uma estreia que, sinceramente, ninguém deveria perder.