H á quem passe uma campanha inteira a apontar o dedo aos outros, esquecendo-se de verificar se o espelho não está a refletir exatamente aquilo que criticam. Foi o caso de Marco Martins e companhia, que, entre promessas e murmúrios de bastidores, fizeram do ataque pessoal a sua principal bandeira.
Diziam que o Hélder Gomes era uma “raposa”, que o Hélder Gomes vai trair Jorge Santos, que dentro de uns meses lhe puxará o tapete. É curioso, quase poético, ver como há quem descreva com tanta precisão aquilo que faria se estivesse no lugar dele. Porque, convenhamos, quem vive de intrigas e jogos de bastidores só consegue imaginar o mundo por esse prisma.
Os recortes antigos não mentem. Já em 2018, os jornais falavam em “bronca na liderança”, “guerra interna” e “assembleias efervescentes”. O nome era o mesmo: Marco Martins. A história repete-se, o enredo é sempre igual, um protagonista com sede de poder, e um guião onde o interesse pessoal fala mais alto que o sentido de serviço público.
A política, na sua versão mais nobre, pede diálogo, humildade e visão coletiva. Mas, como mostram as crónicas da altura, o ex-presidente da Junta parecia mais preocupado com o estatuto do que com a comunidade, lutando para passar a presidente “a tempo inteiro”, dobrando o vencimento e tentando dobrar, também, quem lhe fizesse frente.
Curioso como a ironia da vida é certeira: quem gritava que os outros iriam trair, acabou por demonstrar, na prática, que a lealdade era um conceito relativo. A campanha recente, feita à base de insinuações e ataques, terminou com o povo a escolher outro caminho. E isso diz tudo.
Porque o povo pode ser paciente, mas não é ingénuo. Observa, compara e, quando chega o momento certo, fala nas urnas, e falou alto e claro.
Enquanto uns andavam ocupados a medir egos, a equipa de Jorge Santos manteve-se unida, serena e focada no essencial: servir a Ribeira Brava.
Hélder Gomes, apontado por muitos como a “raposa”, demonstrou ser, afinal, o pilar da estabilidade e da confiança , o tipo de homem que não precisa de subir às costas de ninguém para se destacar.
E Jorge Santos mostrou aquilo que distingue um líder de um chefe: o líder une, o chefe divide.
O resultado das urnas foi mais do que uma vitória política, foi uma lição de coerência e maturidade. Mostrou que há quem ainda veja a política como serviço e não como palco.
Enquanto uns se entretêm com guerras internas e promessas por conveniência, outros trabalham com discrição, respeito e resultados.
A Ribeira Brava escolheu quem sabe dialogar sem berrar, quem trabalha em equipa sem precisar de microfone. Escolheu a calma da competência em vez do teatro da confusão.
E se há algo que a história recente nos ensina é isto: quem semeia intrigas, colhe isolamento, quem cultiva união, colhe futuro.
No fim, a verdade é simples, o povo, mais uma vez, acertou na escolha. E a julgar pelos ecos do passado, o silêncio agora até sabe bem.
Mais do que nunca, a Ribeira Brava precisa de união, e quem melhor do que esta equipa para dar o exemplo?
Jorge Santos e os seus têm nas mãos a oportunidade de mostrar o que sempre os distinguiu: trabalho sério, proximidade às pessoas e resultados visíveis.
Enquanto outros fizeram da política um palco de vaidades, esta equipa fez dela um espaço de compromisso. E o povo viu. Sempre viu.
Agora, é tempo de continuar o que sempre fizeram, mas com ainda mais força, provar que a confiança depositada nas urnas não foi um acaso, foi reconhecimento.
Reconhecimento pelo trabalho feito na Câmara, pela disponibilidade em resolver, pela humildade em ouvir, pela coragem em agir.
A política local precisa disso: pessoas que trabalham, não que aparecem só para a fotografia.
Que esta vitória sirva não para descansar, mas para inspirar.
Para lembrar que a Ribeira Brava precisa de todos, dos que votaram convosco e até dos que ainda não vos compreenderam. A melhor resposta às críticas nunca é o ataque, é o resultado.
E vocês já provaram que sabem entregar resultados.
Em tempos de ruído, sejam o exemplo do silêncio que trabalha.
Em tempos de divisão, sejam o espelho da união.
E em tempos de descrença, sejam a prova de que ainda há quem sirva o povo por amor à terra, e não por amor ao cargo.
A Ribeira Brava agradece.
E o futuro, esse, começa agora.