Curtas e Alvos

18/10/2025, 10:22:29 Caro Governo Regional da Madeira, que tal abrir um inquérito à Universidade da Madeira?
É curioso — e profundamente revelador — que o Governo Regional e o seu braço parlamentar tenham decidido abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito ao ISAL, uma instituição privada, tutelada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação, portanto fora da esfera do poder regional. Um gesto que roça a ingerência institucional e tresanda a manobra política. Mas então, caro Governo Regional, onde está o mesmo zelo fiscalizador quando se trata da Universidade da Madeira, essa sim uma instituição pública, com relevância e impacto direto na Região? Onde está a mesma energia investigativa, a mesma ânsia de “escrutínio”? O que se passa é simples: o PSD regional confundiu-se nas fronteiras da autonomia. A Madeira tem governo próprio, sim, mas não tem licença para atropelar a separação de poderes nem para se intrometer nas competências de outras esferas do Estado. Meter-se em assuntos de uma instituição sob tutela nacional é mais do que um erro — é um abuso político travestido de zelo democrático. A Comissão de Inquérito ao ISAL é, por isso, um ato de arrogância institucional e de oportunismo partidário. Uma tentativa de espetar o dedo onde não tem jurisdição, enquanto se fecha os olhos ao que está mesmo à porta de casa. Autonomia não é soberania. E o respeito pela autonomia universitária é um dos pilares da democracia moderna. O Governo Regional da Madeira deveria sabê-lo — e se não sabe, que aprenda depressa.

18/10/2025, 10:29:01 Vergonha, Senhor Reitor!
A Universidade da Madeira gosta de se orgulhar dos seus “docentes investigadores mais citados”. É um refrão repetido com entusiasmo, uma bandeira que se levanta para mostrar prestígio e projeção internacional. Mas, ao olhar com atenção, surge a pergunta inevitável: citados por quem, e para quê, se os cursos onde deviam ensinar estão às moscas? De que serve uma universidade que se vangloria da produção científica, mas esquece a sua verdadeira missão, formar pessoas, servir a comunidade, criar oportunidades para os jovens madeirenses? O que anda afinal a fazer a Universidade da Madeira? Parece mais empenhada em alimentar carreirismo académico e estatísticas de citações do que em responder às necessidades reais da região. Enquanto isso, faltam professores de Química, de Português, de Inglês, de Matemática. Faltam cursos que fixem talento na ilha, que deem futuro aos estudantes que não querem ou não podem partir. Faltam mestrados que façam da UMa um motor de crescimento, e não apenas um refúgio de investigadores preocupados em subir degraus na carreira. A Universidade da Madeira devia ser um farol de conhecimento para a Região Autónoma. Em vez disso, parece ter-se tornado num palco de vaidades académicas, desligada da realidade e das necessidades da população que a sustenta. Vergonha, Senhor Reitor. A Madeira precisa de uma universidade viva, aberta e comprometida com o seu povo, não de um centro de autopromoção científica onde o brilho das citações serve apenas para esconder o vazio das salas de aula.

18/10/2025, 11:49:51
O pirralho também brilha depois das eleições, como Jaime Filipe e Carlos Rodrigues, que turma de gente que não ganha votos mas tem oportunidades. É muito fácil ser herói com promiscuidade, assédio, dinheiro e contactos públicos aplicados nas campanhas, sem esquecer o serviço de TVDE ocasional para ir votar à força. A fórmula "O bom, o mau e o feio" (referência ao famoso filme de Sergio Leone, The Good, the Bad and the Ugly) tem a sua imitação no DN-M. Vocês sabem o que ele não viu? A DERROTA PESADA EM SÃO VICENTE, um somenos da semana para esconder. O Diário é cada vez mais um jornal que não é imparcial, fruto do assalto do regime ao jornalismo, hoje aquele que falhou redondamente no Sesaram, que permitiu que os nossos dados andem nas mãos de hackers para nos roubar, também escreve no Diário de Notícias. É confrangedor a falta de credibilidade de jornalistas e de quem escreve artigos de opinião.